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Varejo
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Por Redação
6 de novembro de 2025

Supermercados também devem aproveitar a Black Friday

Data facilita acesso dos consumidores às promoções, que acabam valendo por todo o mês de novembro

Quando chegou ao Brasil, a Black Friday era voltada principalmente para a oferta de produtos eletrônicos, linha branca e tecnologia, mas isso tem mudado ao longo dos anos e os supermercados já estão totalmente inseridos na data, que movimenta o varejo alimentar a cerca de um mês antes do Natal.

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“O histórico de participação dos supermercados vem crescendo nos últimos três anos. Em 2022, a participação era de 14%, chegamos a 21%, em 2024, e a expectativa para este ano é de 23% e, nos próximos dois anos, de 26%. Ou seja, até 2027, um quarto do que é vendido na Black Friday será em supermercado. Se for comparar, no e-commerce geral, há um crescimento constante e menos acentuado”, fala Ricardo Pastore, coordenador do núcleo Retail Studio da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Muitos consumidores já esperam o mês de novembro para fazer algumas compras. “A Black Friday deixou de ser um evento restrito a eletrônicos e moda e passou a incluir o supermercado como parte relevante da jornada de consumo. Hoje, o consumidor aproveita as promoções para abastecer a casa, testar novas marcas e antecipar compras do mês. Esse movimento ganhou força com a digitalização do varejo alimentar”, analisa Roberto Kanter, professor de MBAs da FGV, especialista em Varejo.

Um dos facilitadores desse crescimento é a entrada dos supermercados em marketplaces on-line, ampliando alcance e a conveniência dos serviços ofertados pelas bandeiras varejistas.. “O resultado é um consumidor mais conectado, que compara preços, verifica reputação e escolhe onde comprar com base em conveniência e confiança. Além disso, a integração entre canais tornou a experiência figital — o cliente pesquisa on-line, compra pelo aplicativo e retira na loja ou recebe no mesmo dia. Essa combinação de conveniência, preço e velocidade fez o supermercado ganhar protagonismo na Black Friday e transformou a data em uma temporada de consumo planejado”, complementa Kanter.

Pela sua importância, as promoções comuns à data vêm se estendendo durante todo o mês de novembro. “As empresas vão postergando e ampliando a data para tirar o afunilamento que atrapalha a logística. Novembro era um mês em que não havia nenhuma data importante no calendário, por isso passava em branco. Os supermercados podem aproveitar e, a cada semana, explorar uma categoria diferente”, afirma o professor da ESPM.

Segundo o professor da FGV, a Black Friday virou uma campanha de temporada que exige estratégia figital bem orquestrada. “A transformação da Black Friday em Black November mudou totalmente a estratégia. O evento deixou de ser uma corrida de um dia e passou a ser uma maratona de planejamento. Para os supermercados, isso exige controle de estoque, programação de equipe, comunicação contínua e disciplina comercial. Quem planeja cedo e atua com consistência em múltiplos canais colhe os melhores resultados”, conta.

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