
Por Redação
24 de junho de 2025Como montar uma gôndola fitness nos supermercados? Veja ideias eficientes
Organização nota 10, exposição planejada e mix estratégico podem atrair clientes interessados em uma rotina mais saudável
Com o crescimento da busca por hábitos saudáveis, os supermercados têm a oportunidade de oferecer mais do que apenas produtos: podem proporcionar experiências. Montar uma gôndola fitness bem pensada é uma forma eficiente de atrair esse público e aumentar a conversão de vendas. Saiba como fazer isso com inteligência e praticidade.
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Quais são os produtos que não podem faltar?
Uma gôndola fitness precisa ter um mix bem pensado, que atenda desde quem busca uma alimentação mais saudável até quem já segue uma rotina esportiva. O mix essencial deve ter:
- Proteínas em pó: whey, albumina, colágeno, proteína vegana.
- Snacks saudáveis: mix de sementes, castanhas, amêndoas, chips de legumes.
- Barras de proteína: veganas, low carb, energéticas.
- Produtos integrais: pão, massas, arroz integral.
- Suplementos naturais: linha de vitaminas, aminoácidos, termogênicos naturais.
- Energéticos e isotônicos: bebidas para reposição de energia, água de coco, shakes prontos de proteína.
- Produtos específicos para dietas restritivas: sem glúten, sem açúcar, low carb.
- Chás, chás detox e infusões: opções voltadas para detox e bem-estar.
O segredo é sempre estar atento ao mercado; afinal, a categoria vive inovando em termos de lançamentos e a tendência é aumentar nos próximos anos.
Onde posicionar a gôndola?
O melhor posicionamento para a gôndola fitness é próximo ao setor de hortifruti, que já comunica saudabilidade, frescor e bem-estar. Outra boa estratégia é colocá-la perto da seção de produtos naturais, diet, light ou sem glúten, caso a loja tenha esse espaço bem definido.
Dependendo do tamanho da loja, pode fazer sentido usar áreas de alto fluxo como pontas de gôndola, ilhas promocionais ou até espaços próximos ao check-out, principalmente quando o foco for snacks e bebidas que geram compra por impulso.
Como é possível destacar a seção?
- Sinalização atrativa: banners e plaquinhas com títulos como “Fitness & Bem-estar” ou “Produtos para um estilo de vida saudável”.
- Iluminação direcionada: foco na gôndola, chamando atenção.
- Materiais de apoio: displays, faixas e adesivos que reforcem os benefícios.
- Ofertas especiais: promoções, combos, degustações ou amostras grátis.
- Utilização de ações de Retail Media para destacar a categoria e marcas no ponto de venda.
- Produção de conteúdo para o canal digital com apoio de influencer do segmento fitness.
Como fazer um cross merchandising eficiente?
Funciona criar conexões com o hortifruti, oferecendo, por exemplo, a combinação de saladas prontas com uma proteína em pó ou uma bebida funcional.
Na padaria, vale posicionar pães proteicos, cookies sem açúcar e bolos funcionais próximos dos pães tradicionais, estimulando escolhas mais saudáveis no mesmo hábito de consumo.
O açougue também é uma excelente oportunidade, oferecendo junto carnes magras, hambúrgueres vegetarianos ou frango desfiado, que conversam diretamente com o público fitness.
Bebidas funcionais podem ficar próximas da gôndola fitness e em setores como águas e refrigerados, reforçando ainda mais o conceito de saudabilidade.
Como fazer um sortimento adequado de marcas?
O segredo está no equilíbrio entre marcas líderes, que oferecem segurança e confiança para o consumidor, e marcas regionais ou artesanais, que têm apelo de saudabilidade, naturalidade e inovação.
É importante não exagerar na quantidade de produtos iguais, como encher a gôndola só de whey. A gôndola precisa ser uma solução completa, e não apenas um espaço de suplementos. O ideal é ter uma boa diversidade, oferecendo opções premium, intermediárias e de entrada, mais acessíveis.
Quais erros não devem ser cometidos?
Um dos principais é não sinalizar os benefícios dos produtos, deixando de informar se é sem açúcar, vegano, low carb ou fonte de proteína. O shopper desse segmento é extremamente informado e busca exatamente esses diferenciais.
Ignorar o cross merchandising é outro problema, porque quando essa gôndola fica isolada do restante da loja, perde-se uma grande oportunidade de aumentar o ticket médio e criar jornadas de compra mais completas.
Fontes: Alexandre Ribeiro, CEO na R-Dias Especialistas em Varejo, e Michel Jasper, consultor de varejo.