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Varejo
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Por Redação
19 de junho de 2025

Leites com mais proteína reforçam a tendência que cresce na gôndola do varejo alimentar

De olho na demanda, a Piracanjuba é uma das marcas que aposta no leite com aporte extra

Ingerir proteínas é essencial para a saúde, e a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que adultos consumam cerca de 0,8g/kg de proteína por dia. Caso a pessoa pratique atividades físicas com frequência, essa necessidade pode até dobrar, já que, nesse caso, costuma haver mais preocupação com o ganho de massa magra.

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“O aumento expressivo de produtos proteicos nas gôndolas resulta de uma convergência de fatores socioeconômicos e comportamentais. Primeiramente, a crescente conscientização sobre saúde e bem-estar levou consumidores a buscarem dietas com maior teor proteico, associadas a benefícios como saciedade prolongada, manutenção de massa muscular e controle de peso. A popularização de regimes alimentares como low-carb, dieta cetogênica e paleolítica, combinada com o crescimento exponencial da prática de atividades físicas e musculação, criou uma demanda massiva por opções proteicas convenientes”, explica Claudio Felisoni, professor da FIA Business School.

Para facilitar a vida do consumidor, a indústria, assim como o varejo alimentar – principalmente supermercados - tem investido em alimentos com proteína extra, como os leites. “A indústria alimentícia pode capitalizar esta tendência através de múltiplas estratégias integradas. Primeiramente, deve-se investir em inovação de produtos que combinem alto teor proteico com outros atributos valorizados, como sustentabilidade, naturalidade e sabor superior”, fala Felisoni.

Uma dica do professor é oferecer diversificação de fontes proteicas, usando, além das tradicionais proteínas animais, as proteínas vegetais, como ervilha, soja e grão-de-bico, por exemplo. “A adaptação por segmento também é fundamental – produtos específicos para atletas, idosos, crianças, veganos e consumidores com restrições alimentares”, afirma.

Um dos produtos com aporte de proteína, lançado no Festival APAS SHOW, é o Piracanjuba +Protein Zero Lactose 1L. O novo leite semidesnatado tem 10g de proteína por porção, ou seja, 50% a mais do macronutriente do que na versão tradicional do produto. O produto também tem 33% a mais de cálcio e é opção prática para pessoas que buscam maior aporte proteico nas refeições.

A decisão de acrescentar mais proteína em um leite sem lactose foi tomada pensando no bem-estar dos consumidores, já que muita gente poderia sentir um desconforto. “A proteína é muito pesada para se colocar no leite normal. Se fosse assim, as pessoas iriam sentir o desconforto porque a digestão fica mais pesada”, explica Lisiane Campos, diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba.

Segundo a executiva, o produto não tem sabor residual, só uma pequena alteração na cor, um pouco mais caramelo. “Por conta da Reação de Maillard, que quebra a enzima, o leite também tende a ser um pouquinho mais doce”, completa.

A linha zero lactose da Piracanjuba foi criada em 2012, com intuito de atender os consumidores que sentem desconforto ao tomar o leite comum. “70% dos brasileiros têm algum nível de intolerância à lactose”, diz Lisiane.

Outras indústrias de alimentos também já colocaram nas gôndolas opções de leites proteicos, como o Molico +Proteína Zero Lactose, o Itambé PRO Desnatado e o Camponesa Zero Lactose com 14g de Proteína.

Segundo o professor da FIA Business School, o aumento do consumo de produtos proteicos é uma mudança estrutural nos hábitos alimentares e não uma moda passageira. “Diferentemente de tendências efêmeras, esta transformação está ancorada em necessidades fisiológicas reais e mudanças demográficas irreversíveis. O envelhecimento populacional continuará demandando produtos que auxiliem na manutenção da massa muscular e qualidade de vida. A conscientização sobre a importância da proteína na dieta está respaldada por décadas de pesquisa científica, criando uma base sólida de conhecimento que sustenta a demanda”, diz.

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