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Especial
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Por Redação
21 de novembro de 2025

Pequenas, mas fortes

Relacionamento próximo, digitalização e conexão com a comunidade são trunfos que fortalecem pequenos varejistas

Em um cenário cada vez mais competitivo e dominado por grandes redes, as pequenas lojas ou supermercados menores têm buscado novas formas de se destacar e garantir relevância junto ao consumidor. Segundo Marcelo Prado, consultor e diretor da empresa de pesquisa Inteligência de Mercado (IEMI), o segredo está em valorizar o que essas operações têm de mais autêntico: a proximidade e o relacionamento personalizado.

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“Os diferenciais das pequenas lojas estão no marketing de relacionamento one-to-one e na localização próxima aos clientes. Além disso, o atendimento de venda e o pós-venda têm um enorme poder de gerar encantamento, confiança e fidelização”, afirma. Nesse modelo, o atendimento deixa de ser apenas uma etapa da compra e passa a ser o principal vetor de diferenciação.

Para ampliar esse potencial, a digitalização surge como aliada estratégica. Prado explica que o uso de dados é fundamental para entender o comportamento e as preferências do consumidor. “Para planejar e monitorar ações de relacionamento, o lojista precisa reunir informações básicas sobre o cliente, desde dados cadastrais, como telefone e redes sociais, até histórico de compras e preferências”, detalha. Com ferramentas como CRM, BI e ERPs, essas informações podem ser organizadas e analisadas de forma assertiva, permitindo identificar oportunidades, personalizar ofertas e corrigir estratégias em tempo real. “Quando as informações são compiladas em relatórios de acompanhamento, o varejista consegue potencializar o que funciona e rever o que não traz resultado”, complementa.

O atendimento personalizado e o vínculo com a comunidade local também exercem papel determinante na competitividade das pequenas lojas. “Ações de relacionamento bem elaboradas encantam e fidelizam os clientes, mas é possível ir além: parcerias com outras lojas, farmácias, academias, escolas e igrejas do entorno podem gerar reputação e fluxo adicional de consumidores”, explica Prado. Essas parcerias podem incluir desde benefícios e descontos cruzados até campanhas conjuntas que promovam causas comunitárias, como coleta de doações ou eventos culturais locais. “Essas ações fortalecem o comércio de bairro como um ecossistema e criam uma imagem positiva que atrai novos clientes”, afirma.

De acordo com Prado, o caminho da competitividade no pequeno varejo não passa por tentar reproduzir o modelo das grandes redes, mas sim por explorar o que elas não conseguem entregar: proximidade, personalização e pertencimento.

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