Economia
Economia 1 de janeiro de 2024

Ovo registra a maior ruptura de 2023

Cerveja, refrigerante e isotônico também apresentaram ruptura nas gôndolas, aponta Neogrid

O Índice de Ruptura da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados, mostra que a ausência de algumas marcas nas prateleiras dos comércios do varejo alimentício chegou, em novembro, a 14,1% - aumento de 3,4 pontos percentuais na comparação com o mesmo mês de 2022.

De acordo com o indicador da Neogrid, um dos produtos com menor disponibilidade nas gôndolas em novembro foi o ovo, com 18,4% de ruptura - a maior indisponibilidade registrada no ano.

Esse crescimento pode estar associado à queda de preço que o alimento vem apresentando nos últimos meses. Em novembro, segundo a Horus, marca do ecossistema Neogrid, o valor médio por unidade foi de R$ 0,83, 1,2% abaixo de outubro.

“Ovos e carnes são vistos como concorrentes na cesta e no bolso do consumidor. Isso ocorre porque, quando o preço de um desses dois tipos de proteína está menor, o shopper não tem problema em trocar o que estava consumindo pelo de custo inferior”, afirma Robson Munhoz, diretor de Customer Success da Neogrid.

Esses dados demonstram a importância que o setor de avicultura tem para o Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), em novembro, 788 toneladas de ovos foram exportadas e, em 2022, foram consumidas 241 unidades per capita.

Da mesma forma que o ovo, o leite é sensível a preços. Por isso, como seu preço no varejo caiu 1,6% de outubro para novembro, sua ruptura aumentou 0,3% no período.

Influência do calor e festas de fim de ano nos supermercados

Mesmo com preços até 3,2% maiores em relação a outubro, os brasileiros têm consumido mais isotônico, cerveja e refrigerante, causando maior ruptura dessas bebidas nos supermercados.

Para Munhoz, além das temperaturas médias recordes registradas desde julho no país, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse crescimento se deve também às festas de fim de ano, incluindo as confraternizações das empresas. “Muitas pessoas vão viajar, fazem Natal antecipado e confraternizações nesta época do ano. Com isso, o consumo aumenta e, consequentemente, a ruptura”, explica.

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