
Por Redação
21 de fevereiro de 2025St. Marche recorre à Justiça para acordo de dívidas de R$ 639 milhões
A proteção judicial é válida por 60 dias
A rede de supermercados St. Marche obteve, nesta terça-feira (18), proteção judicial parcial, válida por 60 dias, contra a execução de dívidas que totalizam R$ 639 milhões. A solicitação foi feita à Justiça nesta segunda-feira (17), depois que um fundo do BTG Pactual, o maior credor do grupo, declarou o vencimento antecipado de um débito de R$ 275 milhões.
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O St. Marche, de acordo com a solicitação analisada pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, vinha enfrentando dificuldades para manter o capital de giro. No mês passado, com faturamento bruto de R$ 94 milhões e R$ 60 milhões comprometidos com garantias, o caixa ficou negativo em R$ 10 milhões, depois que o grupo pagou R$ 103 milhões em compromissos.
Esse quadro piorou com a declaração do vencimento antecipado da dívida com FIDC Alternative Assets I, do BTG. A rede de supermercados já havia solicitado a abertura de um procedimento arbitral, onde devem ocorrer as negociações do total das dívidas, dentro de um processo de recuperação extrajudicial.
De acordo com o St. Marche, os problemas de caixa já afetam as operações da rede. O nível de estoque caiu de R$ 110 milhões para R$ 93 milhões, comprometendo a percepção dos consumidores e a geração de receita.
Confira o pronunciamento da rede:
“Em nosso esforço contínuo para oferecer a melhor experiência de compra a nossos clientes e sermos os melhores parceiros para nossos colaboradores e fornecedores, o St. Marche está avaliando alternativas para melhorar sua saúde financeira e seguir crescendo de forma sustentável. Como parte desse processo, apresentamos um pedido de Tutela Cautelar de Urgência, para podermos focar em um plano de reestruturação de nossas dívidas financeiras em um ambiente mais estável. Essa medida não afeta nossas obrigações com fornecedores, clientes e colaboradores. O St. Marche segue operando normalmente. Esta e qualquer outra decisão que o Marche venha a tomar será pautada pelos melhores interesses de nossos fornecedores, clientes e colaboradores”.
Fonte: Metrópoles