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Varejo
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Por Redação
5 de junho de 2025

Prepare o supermercado para os dias frios!

Atenção ao mix é importante neste período, uma vez que não podem faltar itens fundamentais que fazem parte da “cesta de inverno”, alerta Scanntech

O inverno se aproxima e as temperaturas já começaram a baixar no Sul e Sudeste do país. Essa é a hora para os supermercados trabalharem as categorias típicas da estação, como vinhos, queijos e massas. “A demanda por itens da “cesta de inverno” tende a crescer naturalmente durante os meses mais frios, impulsionada pelas baixas temperaturas e pelas tradicionais festas juninas. Para maximizar as vendas, os supermercados podem adotar estratégias que valorizem a sazonalidade e ampliem a experiência de compra do consumidor”, aconselha Felipe Passarelli, head de Inteligência de Mercado da Scanntech.

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Passarelli recomenda que sejam realizadas ações como promoções temáticas, kits sazonais com produtos típicos da estação, ambientação das gôndolas e comunicação visual atrativa. “Outra tática eficaz é o cross merchandising, ou seja, posicionar produtos complementares próximos uns dos outros, como vinho ao lado de queijos ou doce de leite próximo ao pão de queijo — facilitando a compra por impulso e reforçando a praticidade para o cliente”, diz. Outra dica é investir em campanhas digitais e degustações no ponto de venda para aumentar o engajamento e impulsionar o ticket médio durante o período.

Segundo a Scanntech, durante os meses de junho a agosto, na comparação de 2023 com 2024, os produtos da cesta de inverno tiveram crescimento de 2 p.p. a mais em unidades e de 1,5 p.p, em faturamento. Enquanto o crescimento total das cestas foi de 1,1% em unidades e de 6,6% em faturamento, a cesta de inverno teve incremento de 3,1% e 8,1%, respectivamente. “A cesta de inverno é composta pelos itens mais procurados pelos consumidores durante os meses mais frios, incluindo também alguns produtos típicos das festas juninas. As categorias que mais se destacam nesse período são queijos, vinhos, massas frescas, pão de queijo e doce de leite — todos produtos tradicionais e associados ao clima frio e às festividades da estação”, explica o executivo da Scanntech.

A pesquisa considera itens como cachaça, caldo, conhaque, doce de leite, fondue, hidratante, massa refrigerada, mel, pão de queijo, queijo, sopa e creme, vermute e vinho como parte da cesta de inverno. Do inverno de 2023 para o de 2024, a categoria da cesta que mais teve incremento em faturamento foi hidratante corporal (20,2%), seguido por doce de leite (17,2%) e pão de queijo assado (13,6%). Em unidades, as categorias que mais se destacaram foram doce de leite (15,2%), Pão de queijo congelado (11,2%) e hidratante corporal (10,3%).

“O comportamento de consumo desses itens tende a se manter relativamente estável de ano para ano, já que fazem parte de tradições consolidadas. No entanto, é possível observar variações impulsionadas por tendências de mercado, mudanças no estilo de vida dos consumidores, novas preferências alimentares e o efeito climático. Isso pode abrir espaço para a valorização de produtos que antes tinham menor destaque na cesta de inverno e que começam a ganhar relevância”, complementa o executivo.

Considerando o faturamento mês a mês, ao longo de 2024, a cesta teve seu pico em julho, quando representou 3,7% das vendas do varejo. Março, em pleno verão, foi o mês que os produtos da cesta de inverno tiveram menor importância: 3% das vendas do varejo.

Para este ano, o clima e a situação econômica do país vão demandar atenção e adaptação por parte dos supermercados e do varejo alimentar. “As previsões indicam que o inverno desse ano apresentará temperaturas médias superiores à climatologia histórica em grande parte do país. Ao mesmo tempo, também estão previstas ondas de frio intensas. Essas variações climáticas podem impactar o consumo de produtos típicos de inverno, como caldos e fondues, exigindo estratégias flexíveis por parte dos varejistas, com relação a dinâmicas promocionais e de visibilidade em loja das categorias condizentes a esta variação climática”, indica Passarelli.

Ano passado, com um inverno menos rigoroso já foram sentidas as alterações no comportamento do consumidor. “Observamos uma queda nas vendas de produtos tradicionalmente associados ao frio. O caldo apresentou retração de 7,3%; as sopas e cremes caíram 2,8%; e o fondue teve uma redução ainda mais expressiva, de 11,2%. Essa diminuição pode estar diretamente ligada à instabilidade das temperaturas durante o período, com alternância entre dias frios e mais amenos. Esse cenário faz com que o consumidor ajuste suas compras ao clima do momento, priorizando produtos mais adequados às variações do tempo”, fala.

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