
Por Redação
13 de outubro de 2025Dia das Crianças registrou aumento de 1,3% nos produtos durante os últimos 12 meses
A cesta de serviços, brinquedos e bicicletas apresentaram alta acumulada nos últimos quatro anos
Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) analisou a evolução dos preços dos produtos e serviços tradicionalmente escolhidos como presentes no Dia das Crianças, a pesquisa utilizou como base o Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M) serviu para captar as variações de preços desses produtos. O resultado mostrou que os produtos relacionados ao Dia das Crianças registraram aumento de 1,3% nos 12 meses encerrados em setembro de 2025, revertendo a deflação de 0,44% observada no período anterior.
LEIA TAMBÉM
Indústria de alimentos apresenta novidades para o Halloween
SV TÁ ON: conjuntura econômica, tarifas e moedas digitais
A dinâmica dos preços entre outubro de 2021 e setembro de 2025 revela comportamentos distintos entre as categorias de produtos e serviços. A cesta de Serviços acumulou alta de 21,5% no período de quatro anos. Com destaque para os serviços de alimentação como: sucos de frutas fora de casa (33,4%); refrigerantes e água mineral (29,6%); e refeição em bares e restaurantes (25,9%).
Pelo lado dos produtos, os brinquedos tradicionais como bonecas tiveram alta acumulada de 11,3% nos últimos quatro anos, com aumentos mais expressivos no início do período (7,8% em 2021-2022 e 3,1% em 2022-2023) e estabilização nos anos seguintes. Bicicletas registraram 5,8% de aumento no quadriênio, com aceleração no último ano (4,5%). Temos ainda, artigos esportivos apresentando variação modesta de 1,2%, após deflação de 2,9% no período mais recente. Instrumentos musicais acumularam alta de 3,8% no período total.
Os produtos tecnológicos apresentaram comportamento completamente distinto do restante da cesta. Computadores e periféricos caíram 0,41% no acumulado após anos de volatilidade, com deflação expressiva de 5,4% em 2022-2023. Aparelhos telefônicos celulares acumularam deflação de 6,4%, mantendo trajetória consistente de queda nos últimos três anos, com destaque para a retração de 3,5% em 2023-2024.
"Apesar da alta moderada de 1,3% em 12 meses, quando analisamos mais de perto, vemos que itens tradicionais como livros, roupas e calçados infantis mantiveram trajetória de alta ao longo dos anos, acumulando aumentos próximos ou superiores a 10% nos últimos quatro anos. Isso contrasta fortemente com produtos tecnológicos, que seguem em deflação, especialmente celulares, que caíram mais de 6% no período total", destaca Matheus Dias, economista do FGV IBRE