Por Redação
26 de novembro de 2025SV TÁ ON: a mudança no mercado do vale-alimentação e refeição
Eduardo Ariel Grunewald, diretor de Serviços aos Supermercados da APAS, foi o convidado do programa e explicou o que muda para o supermercado e consumidores com a nova regulamentação sobre vouchers
O setor de vale-alimentação e refeição movimenta cerca de R$ 200 bilhões por ano no Brasil. Isso representa 1,7% do PIB, de acordo com a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), e impacta diretamente mais de 22 milhões de trabalhadores. Também conhecido como vouchers, estima-se que 10% das vendas no setor supermercadista são recebidas por esse meio desse tipo de pagamento.
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Porém, partir do decreto 12.712 de 2025, assinado pelo presidente Lula em 12 de novembro, com a presença do presidente da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) João Galassi, houve uma mudança muito forte, que vai impactar positivamente e de forma direta os supermercados.
Para falar sobre essas mudanças, o SV TÁ ON, podcast da SuperVarejo recebeu Eduardo Ariel Grunewald, diretor de Serviços aos Supermercados da APAS. “No passado, até 2012, o mercado de vouchers era tratado como arranjo fechado. Mas o que é isso? Arranjo fechado é quando você tem um cartão alimentação ou refeição em que todo o processo é feito pelo emitente. Então toda a negociação fica com ele. A abertura desse mercado começou em 2022 com a opção dos vouchers arranjo aberto, um sistema moderno para fazer o recebimento dos vouchers”, explicou.
O entrevistado explicou durante o episódio a diferença entre a operação com vouchers fechados e abertos. “No arranjo aberto os vouchers refeição e alimentação tem um emissor, mas também tem uma bandeira, que pode ser Visa, Mastercard, ou outra, por exemplo. Dessa forma, esse cartão trafega nas maquininhas igual ao cartão de crédito”, esclareceu.
Outra parte importante da conversa foi quando o entrevistado falou sobre as mudanças que deverão impactar positivamente o supermercado. “A partir deste novo decreto, o supermercado poderá contratar a adquirência de preferência dele e fazer uma negociação única. As taxas máximas que serão cobradas serão de até 3,6%. Para você ter uma ideia, a APAS (Associação Paulista de Supermercados) fez uma pesquisa e foi apontado que as taxas pagas eram o dobro desse valor”, afirmou.
Confira o episódio completo:
