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Especial
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Por Redação
14 de abril de 2025

Dia Mundial do Café: Brasil é o maior produtor e consumidor per capita do mundo

Produção brasileira do produto na safra 2024/2025 deve chegar a 66,4 milhões de sacas, o que representará cerca de 38% da produção mundial

Celebrado em 14 de abril, o Dia Mundial do Café homenageia essa bebida que faz parte da história do Brasil. Hoje o país é o maior produtor e consumidor per capita do grão no mundo. De acordo com o último levantamento da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção brasileira de café na safra 2024/2025 deve chegar a 66,4 milhões de sacas, o que representa cerca de 38% de toda a produção mundial, que deve alcançar 174,9 milhões de sacas.

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Segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), por ano, cada brasileiro consome, em média, 5,01 kg de café torrado e moído ou 1.430 xícaras, o que dá cerca de 4 cafezinhos por dia. O consumo per capita nacional teve queda de 2,22%, entre novembro de 2023 a outubro de 2024 quando comparado aos 12 meses anteriores, devido ao aumento da base populacional. A safra brasileira de 2024 foi de 54,21 milhões de sacas de café, desse total, 40,4% ficaram no mercado interno. Isso quer dizer que, em 2024, o consumo interno de café foi de 21,9 milhões de sacas. No consumo total, o Brasil fica atrás dos Estados Unidos, que consumiu 4,1 milhões de sacas a mais.

É possível entender esse aumento no consumo brasileiro ao se perceber as mudanças nas gôndolas dos supermercados, que oferta, cada vez mais, uma maior variedade do produto. "A quantidade de cafeterias que surgiram nos últimos dez anos, não apenas nas capitais, mas adentrando também o interior do Brasil, é impressionante, e isso só potencializa o aumento do consumo da bebida, das mais variadas formas e com as inovações que a indústria promove para consumidores fora do lar", diz Pavel Cardoso, presidente da ABIC.


Originário do continente africano, o café chegou a terras brasileiras no século XVIII. No século seguinte, começou por aqui o Ciclo do Café, e a economia nacional se tornou totalmente dependente dessa produção feita em grandes propriedades, no sistema de monocultura e com mão de obra escrava, substituída no final do século pelos imigrantes europeus. "O café está presente há quase 300 anos no país. Hoje o Brasil exporta para mais de 150 países. A bebida está em 98% dos lares do país. O brasileiro tem uma ligação cultural diária com o café. Ele é consumido do início ao final do dia", analisa o presidente da ABIC.

Alta do preço do café

Nos últimos quatro anos, segundo a ABIC, a matéria-prima aumentou 224%, enquanto o café no varejo, 110%. Só em 2024, o aumento do preço da matéria-prima foi de 116,7%. No varejo, o produto aumento foi de 37,4%. Para efeito de comparação, no ano passado, a cesta básica subiu 2,7%. Isso mostra que parte do aumento foi absorvido pela indústria. "A indústria brasileira se vê num momento bem difícil com o encurtamento elevado de seu capital de giro. Eu imagino uma indústria de porte pequeno que industrializa 100 sacas de café, por exemplo, e pagava R$ 1.300 pela saca de café em novembro. Essa mesma saca de café custando acima de R$ 2.500, consome o dobro do necessário para essa pequena indústria continuar tocando seu negócio. É um momento desafiador, mas eu, eu gosto de dizer que tanto a indústria quanto o consumidor, até pelo histórico do café no país, seguirão resilientes", afirma Cardoso.

De acordo com dados da Scanntech, em janeiro de 2025, as vendas unitárias de café no varejo alimentar subiram 3,4%, mesmo com aumento de 54,8% no preço por unidade. Comparando os dados de janeiro de 2025 ante o mesmo mês de 2024, os consumidores estão levando embalagens menores (queda de 2,2% no tamanho) por um preço maior (aumento de 57% no preço pelo mesmo volume), comprando menos produtos (queda de 4,5% nas unidades por ticket) e indo mais vezes ao mercado (aumento de 7,9% no fluxo em loja).

O café moído representa 83,3% do faturamento e 93% do volume de café vendido no varejo. Em 2024, o faturamento da categoria café foi 12,4% maior que o do ano anterior, aumento 5,8 pontos percentuais acima da variação do varejo alimentar no mesmo período. "O café continua sendo uma bebida acessível. Quando a gente faz a comparação de que 1 kg de café consegue fazer em média entre 10 e 12 litros da bebida, e a gente divide pelo preço da prateleira, o litro de café custa entre R$ 6 e R$ 8 reais. E ninguém toma um litro de café em um dia. São consumidas, no geral xícaras de 50 ml, então cada pessoa deve tomar cerca 300 ml todo dia, isso significa ao menos R$ 3 por dia", defendeu o presidente da ABIC.

Comemoração

A JDE Peet’s, dona das marcas L’OR, Pilão, Pilão Cafeteria, Café do Ponto, Pelé, Caboclo, Damasco, Maratá, entre outras, pretende comemorar 14 de abril lançando nova fase na comunicação da marca Pilão. “Haverá ativações diferenciadas, que farão parte do lançamento de uma campanha. Neste dia, no e-commerce da marca teremos também promoções especiais na compra dos cafés Pilão”, contou Susana Hernández, diretora de Marketing.


Para estar sempre em sintonia com a demanda dos consumidores, a empresa está sempre atenta às novas tendências de consumo e compra. “Investimos em pesquisa e desenvolvimento para oferecer cafés que atendam a diferentes preferências e momentos de consumo, além de ações estratégicas de Marketing e presença digital para engajar nossos públicos”, contou a executiva.


Na comunicação, a JDE Peet’s busca por intensificar o foco em inovação, diferenciação e valor percebido. “No início do mês de maio, vamos lançar a campanha de Pilão ‘Esse é o nosso forte’, criada depois de uma pesquisa realizada com consumidores da marca. Na marca premium L’OR, trabalhamos para manter o seu posicionamento e reforçar a conexão emocional com os consumidores. Acreditamos que tomar café é uma experiência multissensorial — por isso, criamos campanhas que exploram os sentidos, destacam a sofisticação dos nossos blends e valorizam cada detalhe da jornada com L’OR, seja em cápsulas, café torrado e moído, solúvel ou cappuccino”, finalizou.

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