
Por Redação
27 de agosto de 2025Ajinomoto do Brasil equilibra diretrizes globais e autonomia local
Pela primeira vez, uma mulher assume a presidência da operação brasileira
Estabelecida no país em 1956, a operação brasileira da Ajinomoto ocupa uma posição estratégica de destaque globalmente. “Somos o quarto mercado mais importante para o Grupo Ajinomoto, atrás apenas do Japão, Tailândia e Estados Unidos. Essa relevância reflete não apenas no desempenho comercial, mas também em nossa capacidade de inovação, adaptação ao consumidor local e contribuição para as metas globais e crescimento sustentável do grupo”, diz a diretora de Comunicação, Marketing Food Service, Trade Marketing, E-commerce, Digital, Inovação e Inteligência de Dados da Ajinomoto do Brasil, Adriana Moucherek.
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Com foco no equilíbrio entre diretrizes globais e autonomia local, a gestão da empresa é estruturada com base em princípios de governança corporativa. “Como parte do Grupo Ajinomoto, seguimos diretrizes estratégicas alinhadas à visão global da companhia, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade, inovação e promoção da saúde por meio da ciência dos aminoácidos, ou AminoScience. No entanto, temos liberdade para adaptar essas diretrizes ao contexto brasileiro, respeitando as características do mercado local e o perfil do consumidor nacional”, afirma a executiva.
Um dos diferenciais da operação no Brasil, conta a executiva, é a capacidade de inovação aplicada, impulsionada por iniciativas como o AjinoLab, e pelo uso de tecnologias sustentáveis, como o Biociclo, um modelo circular de produção que transforma resíduos em fertilizantes e reduz o impacto ambiental ao longo da cadeia produtiva. “Assim, nossa gestão segue orientada por uma visão global, mas com forte atuação local, o que nos permite crescer de forma sustentável, inovadora e alinhada às necessidades do mercado brasileiro”, fala.
Em abril, a empresa anunciou que, pela primeira vez, uma mulher assumiria a presidência da operação brasileira. Naoko Yamamoto é a nova presidente da Ajinomoto do Brasil e acumula os cargos de Executive Officer e General Manager da Divisão América Latina desde então. “A nomeação da primeira mulher à presidência da Ajinomoto do Brasil representa um marco importante na história da companhia e reforça nosso compromisso com a valorização de talentos em todos os níveis da organização. Essa conquista vai além da representatividade simbólica, demonstrando que estamos caminhando de forma concreta para uma cultura mais inclusiva, onde diferentes perspectivas e experiências são reconhecidas como essenciais para a inovação, a tomada de decisão e o crescimento sustentável do negócio”, afirma Adriana.
Segundo a executiva, na Ajinomoto do Brasil, temas como diversidade e inclusão se tornaram compromissos estratégicos que vêm sendo fortalecidos com foco na promoção de um ambiente mais justo, plural e representativo. “Um dos pilares centrais dessa agenda é a equidade de gênero, especialmente no que diz respeito à presença de mulheres em cargos de liderança”, diz. Em 2020, foi criado o Comitê de Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I) para ajudar a promover um ambiente de trabalho onde os funcionários sejam respeitados e valorizados. “Uma das estratégias do time de DE&I é o estabelecimento da trilha de conhecimento, que tem um papel fundamental, pois facilita a troca de informações sobre o tema, proporcionando uma base sólida tanto na teoria quanto na prática”, conta.
A própria Adriana Moucherek é fruto desse compromisso da empresa no que diz respeito a incentivar a presença de mulheres em cargos de liderança. Há mais de duas décadas na companhia, começou na área de Pesquisa e Desenvolvimento, onde pode desenvolver um entendimento técnico profundo dos produtos, da ciência por trás dos ingredientes e da qualidade que norteia cada etapa da produção. “Essa base sólida foi essencial quando migrei para o Marketing, onde descobri minha verdadeira vocação e pude agregar uma visão estratégica orientada ao consumidor”, conta. Está no escopo da executiva também a liderança do AjinoLab, o hub de inovação aberta da empresa. “Tem sido uma oportunidade de conectar a companhia a ecossistemas externos, startups e centros de pesquisa, impulsionando soluções mais sustentáveis e disruptivas.
Missão a cumprir
A companhia tem a meta de melhorar a vida das pessoas nos próximos anos e para isso quer transformar em ações concretas a missão da empresa, que é contribuir para a alimentação e o bem-estar em todo o mundo e para uma vida melhor no futuro. “Globalmente, temos metas ambiciosas até 2030, como ampliar a expectativa de vida saudável de um bilhão de pessoas e reduzir em 50% nosso impacto ambiental. No Brasil, esse compromisso se traduz em entender profundamente as necessidades emergentes da sociedade e alinhar nossos produtos, serviços e operações a essas demandas de forma estratégica e sustentável”, explica.
Para identificar onde os desafios locais se conectam ao propósito global, a empresa realizou um mapeamento detalhado no Brasil. Com a ajuda do estudo Brazilian Lifestyles 2024, da Mintel, percebeu que três temas se destacam: envelhecimento da população; redução do poder de compra e emergência climática e sustentabilidade. “Esses são, sem dúvida, desafios complexos, mas também oportunidades concretas de gerar valor compartilhado. Como uma das principais empresas do setor alimentício no país, entendemos que nosso papel vai além da oferta de produtos, queremos contribuir ativamente para a construção de um futuro mais saudável, justo e sustentável para todos os brasileiros”, analisa a executiva.