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Por Redação
10 de junho de 2025

Como engajar em um setor de alta rotatividade

Manter talentos na empresa exige estratégias claras de desenvolvimento, cultura de propósito e escuta ativa para transformar rotatividade em engajamento

A retenção de talentos em setores com alta rotatividade, como o varejo supermercadista, é um desafio constante. Em um ambiente dinâmico e com alta demanda operacional, é fundamental que as lideranças adotem estratégias claras e humanas para engajar e desenvolver seus colaboradores. Uma das práticas mais eficazes é a implementação de um plano de crescimento baseado em níveis de maturidade. Estruturar caminhos de evolução com metas e comportamentos bem definidos promove um senso de justiça e pertencimento, além de oferecer clareza sobre as possibilidades de carreira dentro da empresa, o que naturalmente reduz a saída de profissionais em busca de novas oportunidades.

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Outro ponto essencial é a manutenção de uma cultura de feedback constante e transparente. Estabelecer rituais de escuta ativa e avaliação permite que cada colaborador compreenda seus pontos fortes e oportunidades de melhoria. Isso não apenas contribui para o crescimento individual, mas também reforça a confiança entre líderes e equipe. Complementando essa abordagem, é importante cultivar uma cultura de propósito, mostrando como o trabalho no supermercado vai além das tarefas diárias e impacta diretamente o bem-estar dos clientes e da comunidade. Compartilhar histórias de sucesso e depoimentos reais ajuda a reforçar esse senso de missão e pertencimento.

Para Tiago Siqueira, mestre em Administração de Empresas (MBA), Finanças e Serviços de Gestão Financeira, setores operacionais frequentemente enfrentam alta rotatividade por fatores como: ausência de perspectiva de crescimento, falta de reconhecimento, baixa clareza de metas, e ambientes com cultura tóxica ou desorganizada. “A falta de alinhamento entre os valores da empresa e os do colaborador também tem peso relevante. Quando as pessoas não percebem propósito no que fazem ou sentem que seu trabalho não está sendo notado, a tendência é buscar por novos caminhos”, explica. Para ele, a ausência de plano de desenvolvimento e de cultura organizacional sólida leva à perda de talentos valiosos.

A atuação do RH deve ser pautada por uma cultura aberta e acolhedora, onde os sinais de insatisfação possam ser percebidos antes que culminem em desligamentos. Mais do que depender de pesquisas de clima estruturadas, o que faz diferença é o ambiente seguro para conversas francas, onde até os sócios demonstram vulnerabilidades e planos de melhoria. Ao normalizar o erro e incentivar o diálogo sobre frustrações, a empresa consegue agir de forma preventiva, oferecendo apoio e oportunidades reais de evolução. Dessa forma, o desligamento deixa de ser uma surpresa e passa a ser, quando necessário, uma decisão madura e respeitosa.

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