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Especial
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Por Redação
6 de junho de 2025

Como a exposição de produtos impulsiona as vendas

A organização estratégica e o design visual das gôndolas influenciam diretamente o comportamento do consumidor, aumentando o tempo de permanência em loja

A forma como os produtos são expostos desempenha um papel estratégico essencial nos supermercados. Mais do que simples estruturas de armazenamento, as gôndolas funcionam como vitrines silenciosas que comunicam valor, organização e conveniência. Estudos sobre comportamento de consumo indicam que o cérebro humano “compra com os olhos” antes mesmo de acionar qualquer decisão racional relacionada ao preço ou necessidade. Por isso, investir em uma exposição visualmente atrativa é hoje, uma das ferramentas mais poderosas para aumentar o ticket médio e incentivar as compras por impulso.

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Uma loja bem organizada, com produtos alinhados, categorizados por cor, estilo ou função, cria um ambiente que convida o cliente a permanecer mais tempo no local. Esse conforto visual transmite uma sensação de ordem e confiança, elementos fundamentais para estimular decisões rápidas e muitas vezes emocionais — exatamente como ocorre nas compras por impulso. Um corredor com snacks bem dispostos, por exemplo, próximo ao caixa, pode despertar o desejo de consumo mesmo sem uma necessidade prévia. A lógica é simples: quanto mais tempo o consumidor permanece no ponto de venda, mais exposto ele está a estímulos visuais que podem motivar novas compras.

Além disso, a disposição dos itens nas prateleiras influencia diretamente a percepção de valor. Produtos na altura dos olhos têm maior chance de serem escolhidos, enquanto agrupamentos estratégicos — como a união de molhos, massas e temperos em uma única gôndola — facilitam o planejamento de refeições e despertam o desejo de levar mais itens. A curadoria visual da loja, quando bem feita, conduz o olhar do consumidor de maneira quase intuitiva, promovendo uma jornada de compra fluida e eficiente.

A localização dos produtos dentro da loja é uma das maiores armas para estimular a compra por impulso. É o que garante a especialista em vendas Marya Lopes. “Itens de desejo ou melhor valor, quando posicionados perto do caixa ou nas extremidades das gôndolas, acabam chamando a atenção enquanto o cliente está distraído ou esperando sua vez. É como conduzir um roteiro invisível, onde cada passo pode virar uma nova venda. Isso é estratégia visual bem feita e venda dobrada”, explica.

Por outro lado, um ambiente desorganizado ou visualmente poluído pode causar o efeito inverso: confusão, desconforto e até abandono da compra. Supermercados que não priorizam a estética e a funcionalidade da exposição perdem a chance de conectar-se emocionalmente com o cliente e de potencializar suas vendas. Em tempos de alta concorrência e consumidores cada vez mais exigentes, a disposição dos produtos e o cuidado com o design das gôndolas deixaram de ser um detalhe operacional para se tornar uma estratégia fundamental de diferenciação no varejo alimentar.

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