
Por Redação
26 de maio de 2025Balança equilibrada
Integrar automação com atendimento humanizado é a chave para alcançar eficiência operacional sem perder a empatia e o vínculo nas relações
No dinâmico ambiente dos supermercados, onde a agilidade é essencial e o contato com o cliente é constante, a excelência no atendimento depende do equilíbrio entre automação inteligente e atenção humanizada. Essa combinação é o novo caminho para oferecer experiências memoráveis sem abrir mão da eficiência operacional.
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A automação já é realidade nos supermercados: caixas de autoatendimento, aplicativos de compras, totens de consulta de preços, sistemas de reposição automática e atendimento via chatbot. Essas soluções agilizam processos e reduzem filas, oferecendo praticidade tanto para o cliente quanto para os colaboradores. Mas a automação sozinha não basta.
O atendimento humanizado continua sendo indispensável — especialmente em momentos de dúvidas, reclamações, devoluções ou situações emocionalmente sensíveis, como o acolhimento de clientes idosos, o suporte a consumidores com necessidades especiais ou a gestão de conflitos. Nessas interações, a empatia, a escuta ativa e o cuidado pessoal fazem toda a diferença. São qualidades humanas que a tecnologia, por mais avançada que seja, ainda não consegue reproduzir com a mesma profundidade.
Marina Sales, gerente de RH da Bio Mundo, rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva, diz que, mesmo em um ambiente altamente automatizado, existem situações em que a interação humana não apenas agrega valor, mas se torna necessária. “Esses momentos, geralmente ligados à complexidade, emoção ou personalização da experiência, exigem competências que apenas pessoas podem oferecer com profundidade: empatia, escuta ativa, julgamento contextual e flexibilidade”, conclui.
A diferença entre o atendimento digitalizado e o atendimento humano está justamente na experiência gerada. Enquanto o atendimento digital oferece rapidez e autonomia, o humano constroi confiança, gera conexão e fideliza o cliente. Um estudo da Harvard Business Review aponta que 66% das interações com chatbots, em uma empresa de telecomunicações, receberam a nota mínima — mostrando que, quando mal calibrada, a automação pode frustrar em vez de encantar. O equilíbrio ideal está justamente em enxergar a tecnologia como uma ferramenta de suporte, e não como substituta.