Economia
Economia 22 de fevereiro de 2023

Cesta básica do e-commerce recua 2,40% em janeiro

De acordo com pesquisa feita pela Precifica essa é a primeira queda desde setembro do ano passado

Levantamento feito pela Precifica, empresa especializada em soluções de pricing, como o monitoramento de preços do e-commerce, mostra que o preço da cesta básica na região metropolitana de São Paulo recuou 2,40% em janeiro na comparação com dezembro de 2022. Com isso, o valor de R$ 666,33 diminuiu para R$ 650,33.

Essa é a primeira queda registrada desde setembro do ano passado, quando o recuo foi de 4,64%. Em outubro, houve alta de 3,41%; em novembro, de 0,91%; e em dezembro, o valor da cesta básica subiu 4,05%. A diminuição registrada em janeiro, portanto, é um bom indicativo, principalmente para as famílias de menor poder aquisitivo, cujos custos com alimentação consomem a maior parte da renda.

Para efeito de comparação, o IPCA-15, que é uma prévia da inflação divulgada mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), registrou aumento de 0,55% no mesmo mês. Coincidentemente, a variação do grupo Alimentos e Bebidas também foi de 0,55%. Mas é importante ressaltar que os números do IBGE envolvem produtos e serviços de diversos segmentos e não somente da cesta básica, além de incluir preços praticados em todo o Brasil. Essa é a razão da diferença.

Já o estudo feito pela Precifica envolveu 13 itens disponíveis em cinco grandes plataformas de e-commerce de empresas supermercadistas que atuam na região metropolitana de São Paulo. A pesquisa abrange os mesmos itens adotados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A diferença é que a Precifica monitora o preço do sal refinado, mas não acompanha o do pãozinho francês, enquanto o Dieese acompanha o do pãozinho, mas não o do sal.

Maiores quedas e altas

O preço da banana foi o que mais caiu em janeiro (19%), seguido da manteiga (13%), do tomate (2%) e do leite integral (1%). Já a batata registrou alta de 11,3% e o feijão carioca de 5%. O terceiro item que mais encareceu foi o óleo de soja (3,9%), seguido do açúcar (2,3%), do café em pó (2%) e do sal refinando (1,7%). Carne bovina e farinha de trigo mantiveram-se estáveis.

O país começou o ano com os preços em alta, segundo o IBGE, mas no e-commerce houve bom recuo na cesta básica. É um fenômeno que dificulta muito a tomada de decisões por parte dos varejistas no que diz respeito à definição dos preços ideais para cada produto.

?Toda essa complexidade do nosso mercado, da nossa economia, exige das empresas a implantação de ferramentas de apoio, como as soluções de princing, principalmente baseadas em inteligência artificial. Essas soluções com base nos dados da própria empresa e do mercado, que é monitorado 24 horas por dia, conseguem definir preços competitivos e rentáveis, além de auxiliar na gestão do estoque?, comenta Ricardo Ramos, CEO da Precifica.

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