Por Redação
18 de novembro de 2025Consumo de pescados cresce 8,2% de janeiro a setembro de 2025
Oscilações no mercado de proteínas impulsionam o aumento da procura por peixes no varejo alimentar.
Em um cenário de inflação nas proteínas mais tradicionais, o consumidor brasileiro vem ajustando seu carrinho de compras e ampliando o consumo de pescado. Um novo estudo da Scanntech, empresa de inteligência de dados para o varejo e indústria de bens de consumo, revelou que o volume consumido de peixes cresceu 8,2% no acumulado de janeiro a setembro deste ano.
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O levantamento analisou o comportamento de consumo em um período de aumento significativo do preço das proteínas. A carne bovina foi a mais impactada, com alta de quase 25%, seguida pela carne suína, que registrou 21,2% de aumento. Em contrapartida, o preço dos peixes subiu apenas 2,1% no mesmo período. Essa disparidade de valores impactou diretamente o volume de vendas, levando o consumidor a buscar alternativas mais acessíveis.
“Estamos percebendo que, em 2025, o consumidor tem revisto suas escolhas no carrinho de compras para adequar o orçamento. Quando falamos da tradicional “mistura”, o movimento é semelhante: a alta nos preços da carne bovina ao longo do ano levou muitos brasileiros a buscar alternativas em outras proteínas, como os pescados, ampliando o consumo de peixes, sobretudo aqueles com melhor custo-benefício. Esse é um cenário que, possivelmente, ainda veremos acontecer devido à oscilação dos preços das proteínas”, fala Ariani, diretora de Marketing da Scanntech.
Entre todas as subcategorias analisadas, a tilápia é a principal impulsionadora da alta no consumo de pescados. O estudo apontou que a espécie teve um crescimento expressivo, de 32,9%, no volume de vendas. Esse movimento foi diretamente estimulado por uma redução de -8,4% no preço médio do quilo da tilápia, tornando-a a opção mais atrativa para substituir as proteínas mais caras.
O levantamento também identificou diferenças relevantes no consumo entre as regiões brasileiras. A tilápia se manteve como a espécie mais representativa em praticamente todo o país, com exceção do Norte. As regiões Centro-Oeste e Norte foram as que registraram a maior retração no preço por quilo da tilápia e, consequentemente, os melhores resultados em volume de vendas.
