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Tecnologia
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Por Redação
8 de dezembro de 2025

Pagamentos contactless, carteiras digitais e biometria no checkout: a nova arquitetura da conveniência no varejo

Com a expansão dos métodos sem contato e o avanço da biometria facial, o varejo brasileiro vive uma transformação estrutural marcada por agilidade, segurança e integração

A consolidação dos pagamentos por aproximação no Brasil — que já representam a maior parte das transações do país — somada ao avanço das carteiras digitais e ao uso crescente da biometria facial, coloca o varejo diante de uma nova realidade de fluidez no checkout. A combinação desses meios tem alterado a jornada de compra de maneira profunda, reduzindo atritos, encurtando filas e abrindo espaço para experiências cada vez mais conectadas. Para especialistas e empresas de tecnologia, o próximo ciclo envolve integrar reconhecimento facial, dados do consumidor e ecossistemas private label, elevando a conveniência e redefinindo o papel do ponto de venda.

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A consolidação da biometria facial como método de autenticação e pagamento vem movimentando redes varejistas em diferentes segmentos. Segundo o CEO da Payface, o avanço se apoia em pilares claros. “Com seis anos de atuação no mercado brasileiro, a Payface vem ganhando espaço devido ao seu pioneirismo e à evolução de sua tecnologia, que se concentra em três pilares principais: segurança, agilidade e conveniência”, afirma Isoppo.

A transformação também alcança o private label, que deixa para trás seu papel limitado no varejo. De acordo com o executivo, a tecnologia amplia o valor estratégico dos cartões próprios. “No último ano, a empresa apostou fortemente no setor de pagamentos Private Label (cartões próprios), que por muito tempo ocupou um papel coadjuvante no varejo. De ferramenta restrita e de baixa aceitação, os cartões próprios evoluem para soluções completas, incorporando crédito pessoal, seguros, marketplaces e, mais recentemente, tecnologias que tornam a experiência de compra mais fluida e conectada”, observa Isoppo.

Para o setor, essa evolução representa uma oportunidade de diferenciação competitiva ao integrar fidelização, jornada digital e segurança. Segundo o CEO da Payface, o impacto é direto na operação. “A solução da Payface permite que redes varejistas reinventem a jornada do cliente no ponto de venda, tornando o private label um recurso mais moderno, seguro e integrado”, salienta Isoppo.

Segurança, integração e superação de barreiras

A adoção da biometria facial ainda desafia parte do varejo, especialmente no que diz respeito à infraestrutura e integração com sistemas existentes. Para o executivo da Payface, o caminho tem sido reduzido com tecnologia modular. “Nossa tecnologia supera as barreiras de integração através de uma API e SDK modulares, que se conectam agilmente aos principais PDVs do mercado sem impactar a operação do lojista”, explica Isoppo.

Ao mesmo tempo, o amadurecimento do consumidor brasileiro facilita a adoção. “Simultaneamente, convertemos a familiaridade do brasileiro com a biometria em uma experiência de compra segura. Com total conformidade à LGPD e criptografia avançada, garantimos que os dados sejam protegidos e tokenizados, assegurando a privacidade e a confiança absoluta do consumidor final”, emenda o CEO da Payface.

Isoppo entende que o uso do rosto como chave de autenticação também aprofunda a fidelização, abrindo espaço para jornadas mais personalizadas. “O impacto da biometria facial na experiência de compra é transformador. Pagar sem ter que buscar a carteira, o celular ou lembrar uma senha é um ganho de tempo e conveniência que se torna um diferencial competitivo para o varejista”, analisa.

O checkout frictionless e o comportamento do consumidor

A fluidez do pagamento redefine a percepção da compra e reduz o que especialistas chamam de “ruptura da jornada”. Para o professor da ESPM, Alexandre Marquesi, os novos métodos enxugam etapas e tornam o processo quase imperceptível. “A disseminação de pagamentos contactless, carteiras digitais e autenticação biométrica reduz etapas tradicionais do checkout e elimina o que chamamos de ‘ruptura da jornada’ — o momento em que o cliente precisa interromper sua experiência para inserir cartão, digitar senha ou aguardar validações”, diz.

Com isso, o fluxo de saída se torna mais natural. “Quando o pagamento se torna automático ou instantâneo, o fluxo de saída fica mais leve e contínuo. Em modelos mais avançados, como lojas sem caixa, o consumidor chega, escolhe e sai. A cobrança ocorre automaticamente”, aponta o professor.

Segundo o professor da ESPM, esse processo não apenas melhora a experiência como também aumenta a eficiência operacional. “É uma experiência mais fluida e com menos barreiras, que encurta filas, amplia a eficiência das operações e melhora a satisfação geral”, observa.

Ticket médio, emoção e consumo

A imperceptibilidade do pagamento provoca mudanças na psicologia da compra e o professor da ESPM explica que há impacto direto no ticket médio. “Quando o ato de pagar se torna menos perceptível, altera-se a psicologia da compra. A ausência do ‘momento de dor’ reduz a percepção de gasto e aumenta a fluidez emocional da experiência”, analisa Marquesi.

Ainda de acordo com o docente, essa dinâmica favorece decisões espontâneas. “Isso tende a elevar o ticket médio e a ampliar o mix de produtos no carrinho. A experiência mais rápida diminui filas, favorece compras impulsivas e reduz desistências de última hora”, afirma Marquesi.

A Payface aposta em um modelo de integração que valoriza o private label como eixo central da experiência e, segundo o CEO da empresa, essa abordagem elimina etapas adicionais e torna a jornada mais consistente. “A Payface se diferencia no mercado de pagamentos por adotar uma estratégia de integração profundamente alinhada aos interesses do varejo, focando no cartão private label (marca própria) e nos sistemas de fidelidade do emissor, e não em carteiras digitais genéricas”, explica Isoppo.

Comunicação direta e jornadas híbridas

O executivo da Payface enfatiza que o cadastro também ocorre dentro do próprio ecossistema do varejista. “O ponto-chave é que o cliente não realiza um cadastro direto na Payface, ele se cadastra no cartão private label do varejista. A Payface funciona como uma camada avançada de autenticação que atua em comunicação direta com a emissora do cartão”, afirma Isoppo.

Esse modelo permite jornadas híbridas, seguras e contínuas. “O Fortface, SDK multiplataforma de biometria facial da Payface, utilizado para autenticação de jornadas digitais, é usado por diversos varejistas para identificar seus clientes no onboarding e autenticar jornadas sensíveis em seus ambientes digitais. Com esse produto aliado à solução de pagamento, a Payface garante uma experiência segura, consistente e verdadeiramente omnichannel”, detalha o CEO.

Desafios estruturais e uso estratégico de dados

Segundo Alexandre Marquesi, para que os pagamentos digitais se tornem padrão, ainda há obstáculos a superar e os limites vão além da tecnologia. “A consolidação desses meios exige superar desafios essenciais em quatro dimensões: tecnologia e infraestrutura; segurança e confiança; adoção humana e cultural; regulação e compliance”, aponta.

O uso de dados, por sua vez, abre espaço para um novo patamar de personalização. “Os dados gerados por transações digitais são um dos ativos mais estratégicos para o varejo. Com essas informações, é possível personalizar ofertas, ajustar sortimento por loja, aprimorar merchandising e testar estímulos de compra”, diz Marquesi.

O futuro da biometria e o papel do Brasil

De acordo com o CEO, o reconhecimento facial se consolida como identidade universal do consumidor e o Brasil avança rapidamente nesse cenário. “A Payface acredita que a tecnologia terá seu uso aprofundado no segmento de cartões Private Label. Nos próximos três a cinco anos, a biometria utilizada em pagamentos se consolidará como a identidade universal do consumidor em toda a sua jornada”, projeta Isoppo.

Para o executivo, a perspectiva é de integração total entre pagamento, fidelidade e autenticação. “O rosto será o recurso chave para integrar pagamento, programas de fidelidade, fator de autenticação em jornadas e transações que exigem maior controle”, complementa.

Com um mercado maduro e volume expressivo de transações digitais, o Brasil se posiciona como líder no tema. “A Payface, como empresa brasileira à frente dessa onda de inovação e com parcerias robustas com players nacionais do varejo, orgulha-se de impulsionar essa tendência, colocando o país à frente de muitos mercados já desenvolvidos em termos de volume de transações e abrangência tecnológica”, finaliza Isoppo.

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