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Tecnologia
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Por Redação
30 de dezembro de 2025

Tecnologia: o que esteve em alta em 2025

Da automação à IA, soluções digitais ganharam protagonismo no varejo em um ano marcado por eficiência operacional, personalização da experiência e proteção de receita

Em 2025, a tecnologia consolidou seu papel como eixo estratégico do varejo brasileiro. Em um cenário de oscilações de demanda, pressão sobre margens e um consumidor cada vez mais exigente, redes de todos os portes aceleraram investimentos em automação, digitalização de processos e uso inteligente de dados para ganhar eficiência, reduzir custos e ampliar a competitividade.

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Mais do que otimizar operações, as soluções tecnológicas passaram a atuar diretamente na tomada de decisão, na experiência de compra e na proteção de receitas. Ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, monitoramento preditivo, sistemas integrados de gestão e novas formas de execução no ponto de venda transformaram a relação entre indústria, varejo e shopper. A seguir, quatro especialistas do setor destacam as tecnologias que estiveram em alta ao longo do ano.

Renata Carvalho, Head de Novos Negócios na Boavista Tecnologia, destaca, “a tecnologia sempre foi aliada dos varejistas, mas em 2025 assumiu papel ainda mais central. A automação e a digitalização de processos repetitivos tornaram-se prioridade para aumentar a eficiência e reduzir custos. Sistemas de gestão de estoque, checkouts automáticos e pontos de venda inteligentes (POS) aceleraram as operações, elevaram a qualidade operacional e ampliaram o controle sobre indicadores, reduzindo a dependência de processos manuais.

Outro destaque de 2025 foi o fortalecimento de iniciativas voltadas à experiência do consumidor, no ambiente físico e digital. Com o avanço de softwares especializados e soluções baseadas em Inteligência Artificial, a personalização da jornada de compra tornou-se mais acessível, permitindo compreender preferências e antecipar necessidades.

O ano também consolidou o uso de tecnologias para proteção de receita. Soluções de monitoramento automático de gôndolas, apoiadas por Realidade Aumentada, trouxeram mais agilidade na fiscalização de produtos, validade e preços. Já os sistemas de gestão e conciliação de vendas evoluíram como ferramentas essenciais para identificar divergências, lidar com chargebacks e recuperar valores, contribuindo para a saúde financeira das operações."

"A combinação de LLMs com algoritmos de AIOps reduziu incidentes, acelerou análises e automatizou boa parte do suporte e das operações. A TIVIT passou a resolver problemas antes de virarem falhas, com menos esforço humano e maior estabilidade. Isso aumentou a eficiência, reduziu custos e elevou o nível de serviço.

A nova onda de automação combinou mapeamento automático de processos, bots cognitivos e motores de decisão. A TIVIT conseguiu transformar operações de clientes com ganho real: menos retrabalho, menos burocracia e ciclos muito mais rápidos.

Já a Automação Inteligente (RPA 2.0 + Process Mining) se firmou, de longe, como a tecnologia com adoção mais imediata e com ROI mais rápido para o varejo alimentar, pois automatiza rotinas críticas (fiscal, estoque, precificação, ruptura, notas, logística), reduz erro humano em processos de alto volume e repetição, melhora backoffice, reposição e checkout, áreas onde o varejo alimentício vive de margens apertadas e entrega ganho operacional mensurável em semanas.", comenta George Bem, CTO e Diretor de Inovação da TIVIT.

Paulo Moratore, Head da Unidade de Retail Experience da Selbetti aborda: "O uso da inteligência artificial para auxiliar colaboradores e melhorar a experiência do cliente foi a principal tendência para o varejo em 2025.

Incorporamos a inteligência artificial em soluções que estão acessíveis ao consumidor final como o Sommelier Digital. A solução desenvolvida pela unidade de negócios de Retail Experience da Selbetti, consiste em um totem interativo, que auxilia o cliente a escolher um vinho ou outro tipo de bebida no ponto de venda. A inteligência artificial é usada fazer sugestões personalizadas ao cliente a partir de critérios como tipo de prato, ocasião, país de origem e faixa de preço.

Outra aplicação da IA no varejo é o uso da tecnologia para fazer o reconhecimento facial do consumidor no ponto de venda. Nossa solução de Retail Media, também desenvolvida por nossa unidade Retail Experience, usa a IA para fazer a análise do público que está na loja ou supermercado e de acordo com o público exibe em painéis de LED um conteúdo personalizado para o cliente.

A inteligência artificial é usada por nossa unidade de negócios de Customer Experience para monitorar em larga escala a qualidade de atendimento dada aos clientes nos contact centers. A IA permite analisar até 100% dos registros, incluindo voz, e-mail, chat e whatsapp e dessa forma os gestores podem identificar padrões consistentes de satisfação, falhas operacionais ou oportunidades de melhoria. Já a inteligência artificial com processamento de linguagem natural [NLP] e análise de sentimentos e emoções permite avaliar o conteúdo das conversas e o tom, o contexto e as emoções transmitidas pelos clientes."

Leandro Murta, diretor-executivo da unidade de negócio de Inteligência Colaborativa na Neogrid, encerra: “Em 2025, o varejo brasileiro enfrentou um cenário de oscilações de demanda, pressão inflacionária intermitente e um consumidor mais dinâmico, exigente e imprevisível. Nesse contexto, disponibilidade de produtos e ruptura deixaram de ser apenas indicadores operacionais e passaram a integrar a agenda estratégica das redes. O mercado passou a exigir antecipação, velocidade de reação e maior sincronização entre indústria, varejo e shopper.

Três tecnologias se destacaram ao longo do ano pela capacidade de transformar dados em decisões e garantir disponibilidade real na gôndola. A primeira foi o monitoramento preditivo de ruptura, que substituiu a visão retroativa por uma abordagem antecipatória, usando modelos de machine learning para prever indisponibilidades e transformar reação em prevenção.

A segunda evolução foi a reposição automatizada baseada em dados transacionais, que ganhou escala ao permitir pedidos mais assertivos, reduzindo rupturas, excessos de estoque e aumentando o giro, especialmente no varejo alimentar.

Por fim, a IA generativa aplicada à execução operacional se consolidou como diferencial, ao recomendar ações, priorizar lojas, sugerir volumes por SKU e, em alguns casos, executar decisões automaticamente. Com isso, o varejo reduz perdas, a indústria ganha previsibilidade e o consumidor encontra o produto no momento certo.”

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