
Por Redação
5 de maio de 2025Supermercados sustentáveis: 10 práticas ESG que você não pode deixar de implementar
Conheça as 10 práticas indispensáveis para supermercados que desejam se alinhar às demandas ambientais, sociais e de governança e conquistar um novo perfil de consumidor
A pauta ESG (sigla em inglês para as palavras Ambiental, Social e Governança) deixou de ser tendência para se tornar um imperativo no setor supermercadista brasileiro. De acordo com a terceira edição do Guia ESG do Setor Supermercadista, desenvolvido pela KPMG em parceria com a principal associação do setor no Brasil, o mercado vive uma fase de maturação. Com mais de 120 empresas participantes, o levantamento revela que as iniciativas sustentáveis ainda estão mais presentes em ações operacionais do que em estratégias consolidadas.
Neste cenário, torna-se fundamental adotar práticas que não apenas cumpram com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela ONU, que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo. Além disso, as empresas que conseguem alinhar sua operação às práticas de ESG, naturalmente agregam valor à sua marca, promovem eficiência operacional e ampliam o impacto social positivo. Olhando para o varejo supermercadista no Brasil, a SuperVarejo traz uma curadoria com 10 práticas ESG essenciais para supermercados que desejam se posicionar de forma estratégica, ética e sustentável.
Abaixo listamos as dez práticas ESG que você não pode deixar de implementar no seu supermercado. Conheça mais sobre cada uma delas.
- Gestão eficiente de resíduos e logística reversa
- Redução de gases e manutenção de sistemas
- Eficiência no uso da água
- Energia limpa e controle do consumo
- Redução das emissões e transporte sustentável
- Reformulação do sistema de validade
- Programas estruturados de doação e impacto social
- Promoção da diversidade e inclusão nas equipes
- Empregos focados em inclusão e qualidade de vida
- Governança transparente e alinhamento familiar-corporativo
1. Gestão eficiente de resíduos e logística reversa
Implementar ações robustas de separação e destinação de resíduos sólidos é o primeiro passo para que o seu supermercado consiga medir o volume de resíduos gerados, antes de estabelecer metas claras de reciclagem e compostagem. Promover a logística reversa de embalagens é outra maneira de estabelecer conexões com as práticas sustentáveis e envolver os clientes nesse processo é essencial. Por meio de ações de conscientização e incentivo à devolução de embalagens, por exemplo, as redes podem aumentar o engajamento e ampliar os resultados ambientais.
2. Redução de gases refrigerantes e manutenção de sistemas
Os sistemas de refrigeração representam um dos principais pontos de atenção ambiental e, por conta disso, os supermercados devem monitorar o consumo e os vazamentos desses gases, assim como substituir substâncias de alto potencial de aquecimento global (GWP). Para isso, é importante garantir que as manutenções priorizem a recuperação e o reaproveitamento desses gases, uma prática que reduz impactos ambientais e melhora a eficiência energética da operação.
3. Eficiência no uso da água
O uso consciente da água deve ir além de práticas simples e também importantes como manter torneiras fechadas e controlar o desperdício. Monitorar vazamentos, investir em tecnologias para captação e reuso de água tratada e mensurar a eficiência hídrica em relação ao espaço físico da loja são medidas estratégicas. Não custa lembrar que a gestão de perdas hídricas representa um ganho ambiental significativo e ainda ajuda a reduzir custos operacionais das empresas que sabem usar a água com eficiência.
4. Adoção de energia limpa e controle do consumo
No cenário atual não é difícil para uma empresa do setor varejista iniciar a sua transição para fontes de energia solar já que é cada vez mais acessível e representa um diferencial competitivo para as empresas. Além disso, a análise detalhada do consumo energético em diferentes aspectos como iluminação e refrigeração, por exemplo, permite ajustes que tornam a operação mais econômica e sustentável. Isso significa que a eficiência energética estará totalmente integrada à rotina de gestão de uma rede varejista.
5. Redução das emissões logísticas e transporte sustentável
O transporte de mercadorias é um ponto-chave nas emissões de gases de efeito estufa e a adoção de veículos elétricos ou híbridos, associada à mensuração precisa das emissões, é uma prática recomendada. A compensação das emissões via créditos de carbono ou projetos de reflorestamento complementa essa frente e reforça o compromisso climático que uma empresa tem com o planeta.
6. Reformulação do sistema de validade (Best Before)
A adoção do selo “Best Before” ajuda a reduzir o desperdício de alimentos ao informar com mais clareza sobre o período ideal de consumo. Este conceito indica que a data de validade expirada do alimento não significa que o produto esteja inadequado para consumo. Além de permitir a venda de produtos próximos ao vencimento de forma responsável, esse sistema pode ser avaliado com pesquisas de satisfação junto aos clientes e indicadores de perdas antes e depois da implementação. É uma inovação simples, eficaz e bem aceita pelo consumidor.
7. Programas estruturados de doação e impacto social
Uma das práticas mais importantes está diretamente ligada à doação de alimentos, que precisa ir além do assistencialismo pontual. Nesse caso, os supermercados definem o volume e valor dos produtos doados e iniciam parcerias com ONGs e outros programas sociais que tornam essa prática mais efetiva e estratégica, gerando valor tanto para a empresa quanto para a comunidade.
8. Promoção da diversidade e inclusão nas equipes
No atual cenário mundial, não apenas no varejo, mas também em todos os setores, a inclusão de grupos minorizados por gênero, raça, idade, deficiência ou religião deve ser acompanhada por indicadores claros de representatividade e retenção. Climas organizacionais inclusivos, com canais de denúncia acessíveis e políticas afirmativas, fortalecem a cultura da empresa e refletem diretamente no ambiente de trabalho e na imagem institucional perante a sociedade.
9. Geração de empregos, inclusão e qualidade de vida
É inegável que os supermercados têm um papel relevante na geração de empregos locais seja qual for sua região. Medir o número de contratações, especialmente de jovens em primeiro emprego, e acompanhar a média salarial são práticas que demonstram o impacto social que a empresa pode causar na comunidade. Além disso, políticas de valorização interna e bem-estar do colaborador impulsionam a produtividade e a fidelização dos colaboradores, assim como atrai novos talentos.
10. Governança transparente e alinhamento familiar-corporativo
A estrutura de governança precisa ser sólida e adaptada à realidade de cada rede de supermercado. Criar conselhos formais, promover a independência dos membros, divulgar informações operacionais com transparência e manter políticas claras de sucessão são elementos indispensáveis para alinhar uma empresa às práticas ESG. A integração entre os valores familiares e as boas práticas corporativas representam longevidade e confiança institucional.
Pensando em praticas sustentáveis, vocês recomendam a utilização de carrinhos de compras 100% plásticos ? Que são recicláveis e não necessitam de reforma utilizando metais pesados como zincagem, solda e pintura?