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Mercado 21 de agosto de 2023

Preços têm declínio recorde nos supermercados paulistas

Em julho, o Índice de Preços dos Supermercados (IPS) registrou deflação de 1%, a maior queda desde 2018

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fipe, registrou deflação de 1,0% em julho, motivado pela redução nos preços dos produtos semielaborados (-3,6%), in natura (-2,31%) e industrializados (-0,14%). As bebidas e os produtos de higiene e beleza impediram que o índice recuasse ainda mais, ao registrarem alta de 0,34% e 0,9%, respectivamente, no mês

Com o resultado de julho, a inflação acumulada no ano ficou em 0,60%, menor índice desde 2018, e segundo menor resultado desde 2007, superado apenas pelo ano de 2017, que registrara deflação de 0,54%. O movimento de desaceleração da inflação fica claro no gráfico a seguir, que a mostra a curva de 12 meses, que passou de 5,62%, em junho, para 2,74%, em julho.

?Caso não haja nenhuma mudança abrupta nos cenários econômico e político interno e externo e, não menos importante, nenhuma alteração climática até o final do ano que afete a produção agrícola do ano, o índice de preços do setor supermercadista deve encerrar o ano no menor patamar desde 2017?, projeta o economista Felipe Queiroz, do Departamento de Economia e Pesquisa da APAS.

A categoria de produtos semielaborados manteve pelo segundo mês consecutivo redução de preços, com queda de 2,5% e 3,56% em junho e julho, respectivamente. A queda decorreu, especialmente, da redução do preço da proteína animal. O preço da carne bovina, por exemplo, apresenta deflação desde janeiro, de modo que, com o resultado de julho (-3,5%), a queda acumulada no ano é de aproximadamente 10%.

A categoria de industrializados apresentou queda de 0,14% em julho, acumulando alta de 1,77% no ano e 4,71% em 12 meses. No mês, houve redução de preços das seguintes categorias: óleos (-2,88%), café, achocolatados em pó e chás (-1,02%), panificados (-0,70%) massas, farinhas e féculas (-0,55%), biscoitos e salgadinhos (-0,16%), derivados de carne (-0,13%), derivados de leite (-0,07%). Em sentido oposto, houve aumento nos doces (1,3%), condimentos e sopas (0,74%), adoçantes (0,55%), produtos prontos (0,52%) e enlatados e conservas (0,3%).

Os produtos in natura deflacionou 2,31% em julho. O resultado é fruto, por um lado, da redução do preço dos tubérculos (-6,64%), verduras (-2,07%), ovos (-2,06%) e frutas (-1,13%) e, por outro lado, da leve alta dos legumes (0,29%). Apesar da natural oscilação nos preços dos itens que compõem o grupo, quando observamos o comportamento dos preços no primeiro semestre do ano, constatamos que não estão subindo de modo tão acelerado como ocorrera em 2022. No acumulado de 2023, a categoria apresentou alta de 0,15%, contra 15,8% do mesmo período do ano anterior.

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