Case Bombril: loja conceito e a estratégia de experimentação e branding
Estratégia com PDV próprio ajuda a potencializar todo o portfólio e destacar a função de cada marca
A Bombril encerra o ano de 2023 com a inauguração de sua primeira loja conceito, localizada no ABC Paulista, dentro do Shopping do Coração, em São Bernardo do Campo. O ponto de vendas próprio da marca conta com mais de 200 itens do portfólio que inclui 16 marcas sob o nome Bombril. Ao todo, a loja tem 90 metros quadrados divididos entre área de vendas e centro de pesquisa para novas tendências, avaliação de lançamentos e treinamento para funcionários.
Gustavo Amaral, diretor de marketing da Bombril, destaca as vantagens que a loja conceito pode trazer para a marca Bombril considerando sua atuação no trade. “Terá um importante papel como laboratório, onde poderemos testar ativações e promoções de maneira mais rápida e controlada para que possamos medir aceitação e efetividade antes de desdobrarmos para nossos clientes parceiros”, explica.
De acordo com o executivo, o PDV é estratégico para ativar todas as marcas do portfólio de Bombril. “Além disso, é essencial para implementar o planograma que consideramos ideal, agrupando os SKU's pela solução que cada um deles entrega e, dessa forma, oferecemos a solução completa que o consumidor busca”, afirma o diretor de marketing da marca.
‘Gaps’ e novos formatos de exposição
Para Marcos Bedendo, professor de branding da ESPM, uma loja conceito pode mostrar todo o potencial de uma marca, a maneira como o portfólio se encaixa e a função de cada marca e produto. “É um incentivo para aumentar a positivação de certos produtos, mostrar a complementaridade do portfólio e o potencial mais amplo que a Bombril pode oferecer. Ela também ajuda a mostrar o processo de exposição ideal, testar materiais promocionais e treinar promotores para a montagem da loja perfeita, que é algo que a Bombril já declara que vai fazer”, aponta.
O professor de branding da ESPM entende que, do ponto de vista estratégico, um PDV próprio é, antes de mais nada, uma forma de poder olhar e refletir sobre o portfólio como um todo. “Isso pode levar a entendimentos sobre ‘gaps’ que devem ser trocados por novos lançamentos, produtos que estão em excesso ou que poderiam ser eliminados. Ajuda a testar novos formatos de exposição, de embalagens, novos materiais promocionais e entender em primeira mão como os consumidores interagem com seus produtos, conseguindo ter novos insights sobre o shopper”, ensina Marcos Bedendo.
Segundo Gustavo Amaral, a loja conceito da Bombril não é uma ativação temporária, e sim uma excelente oportunidade para a marca estar ainda mais próxima do consumidor e avaliar se os produtos e suas apresentações estão adequados para a operação de PDV. “Podemos concluir que determinado SKU precisa ter uma caixa maior, pensando no espaço que a apresentação atual ocupa na gôndola. Queremos potencializar os resultados dessa primeira loja conceito e, principalmente, obter insights dos consumidores em um ambiente para experimentação, avaliação e também para pequenos grupos de discussão”, completa o diretor de marketing da Bombril.
