
Por Redação
15 de agosto de 2025Marcas próprias ganham espaço no varejo brasileiro e têm potencial de triplicar participação de mercado
Com crescimento de 27,2% no país, o setor se consolida como estratégia de inovação, fidelização e diversificação, atraindo consumidores exigentes e investindo em produtos premium.
O mercado de marcas próprias atravessa um momento de expansão global, registrando alta de 5,6% nas vendas em 2024. No Brasil, esse crescimento é ainda mais acelerado: 45% dos lares já consomem esses produtos, 60% repetem a compra e 21% respondem por metade de todo o gasto no segmento. Essa mudança de hábito mostra consumidores estratégicos, que buscam equilíbrio entre preço, qualidade e experiência de consumo, abrindo oportunidades para o varejo diversificar portfólios e conquistar novos públicos.
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Essa evolução será debatida na 3ª edição do PL Connection, principal evento de private label da América Latina, nos dias 26 e 27 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo. Realizado pela Francal, maior promotora e ecossistema de eventos da região, em parceria com a Amicci, maior ecossistema de private label do continente, o evento reunirá mais de 100 representantes da indústria, do varejo e de fornecedores especializados e desponta como um espaço para discutir essas oportunidades, conectar players do setor e mostrar que o mercado de marcas próprias no Brasil está pronto para evoluir e se consolidar como protagonista do varejo, do mainstream ao premium.
“A realização do PL Connection traduz, em um único ambiente, o movimento de transformação que o mercado de marcas próprias vive no Brasil e no mundo. Reunimos indústria, varejo e fornecedores para debater tendências, fechar negócios e criar conexões que aceleram a presença dessas marcas no dia a dia do consumidor. Entendemos que a realização desse evento contribui ativamente para o fortalecimento do setor e para ampliar as oportunidades de crescimento de um mercado que só tende a ganhar relevância nos próximos anos”, afirma Fernando Ruas, CEO da Francal.
O setor tem apresentado crescimento consistente. Segundo a Nielsen, nos últimos anos, o segmento registrou avanço de 27,2% no valor das vendas, mais que o dobro do crescimento das marcas de fabricantes, que foi de 11,1%.
“Estamos diante de um momento estratégico para o setor”, afirma Fernando Ruas, CEO da Francal. “As marcas próprias não são mais apenas alternativas econômicas; elas estão conquistando espaço em categorias premium, combinando qualidade, design e experiência de consumo. Essa transformação aproxima o consumidor do varejo e fortalece a fidelização”.
Produtos para casa, itens de uso doméstico, cuidados pessoais e alimentação lideram a preferência dos consumidores, mas há sinais claros de que categorias premium e de beleza estão em ascensão. “O consumidor busca cada vez mais inovação e produtos que tragam experiência, sem abrir mão da qualidade e do preço competitivo”, complementa Antônio Sá, sócio fundador da Amicci.
Essa tendência também pode ser observada em grandes redes de supermercados. Recentemente, o Pão de Açúcar lançou uma marca própria focada em produtos premium, reforçando que private label não é mais sinônimo de economia, mas sim de segmentação estratégica para atender públicos exigentes. “A entrada em categorias premium reforça que o mercado está pronto para inovação, qualidade e diversificação de portfólio”, observa Sá, destacando o papel da tecnologia e da análise de dados para antecipar tendências.
Dados recentes reforçam o potencial do mercado brasileiro: 69% dos consumidores consideram que marcas próprias oferecem produtos de qualidade superior à média global; 62% afirmam que atendem tão bem quanto as marcas tradicionais; e 59% destacam o potencial de economia. Entre os compradores, 21% são fiéis e representam metade do consumo no segmento, com forte presença nas classes A/B. “O cenário é favorável para que as marcas próprias deixem de ser apenas alternativas econômicas e se tornem ativos estratégicos no varejo brasileiro”, conclui Sá.
O crescimento do setor também está relacionado à diversificação dos canais de venda. Supermercados regionais, atacarejos e farmácias ampliaram em 6,5% o número médio de itens disponíveis por loja, permitindo que produtos premium e diferenciados atinjam públicos que antes tinham acesso limitado.
“Essa expansão não é apenas geográfica, mas também de percepção: consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos que entregam qualidade, inovação e experiência”, afirma o fundador da Amicci, reforçando a visão de que a integração entre portfólio, tecnologia e análise de comportamento do consumidor é essencial para acelerar o crescimento sustentável do segmento.
Para mais informações, acesse: PL Connection