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Especial 5 de abril de 2024

Produtos saudáveis ganham consumidores

Categoria passa a ser repensada na hora de dispor os produtos

Ainda é comum que os supermercados dediquem uma área de seu espaço para produtos chamados "saudáveis". É lá que costumeiramente encontram-se produtos para dietas restritivas junto com produtos in natura, como aveia e granolas. Esta seção parece ter perdido um pouco a personalidade visto que o aumento na busca por itens saudáveis cresceu bastante nos últimos anos e reduzi-los todos a mesma categoria parece perda de oportunidades.

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Úrsula Cordeiro, gerente de marketing da Levitare, explica que é preciso, antes de qualquer mudança em layout, entender em que momento o varejista se encontra. Se já é reconhecido por uma loja com marcas e produtos diferenciados ou se justamente está migrando para esse formato. "As necessidades são diferentes. Mas o principal é apostar nas categorias chave e em marcas de credibilidade. Entender dos produtos, ler rótulos, buscar itens com menos ingredientes também precisará fazer parte da rotina dos profissionais envolvidos nesse processo", aconselha.

Ela destaca ainda que 'saudável' não é uma categoria, já que os produtos mais saudáveis fazem parte de diversas categorias. Como exemplo, ela fala da existência de queijos mais saudáveis dentro do universo de Queijos. Snacks com menos sódio e poucos ingredientes na categoria de mercearia. Orgânicos no mundo de FLV e até mesmo bebidas alcoólicas com menos glúten e orgânicas. "O consumidor começa a perceber que em quase tudo ele pode ter opção de fazer melhores escolhas", diz.

Úrsula ainda pontua que o varejo também tem grande responsabilidade, junto à indústria, para atuar nessa questão. "Não só por questões óbvias e mercadológicas, já que se as pessoas não conhecem, não compram, mas principalmente pelas possibilidades de melhorar a qualidade da alimentação de seus clientes como ainda poder ter mais rentabilidade, já que o crosselling nesse caso poder ser um grande trunfo", aposta.

Boas formas de se fazer isso, além da boa comunicação em pdv é o incremento com ações de relacionamento, clubes de fidelidade e experiências em loja com eventos. "Usar o CRM com uma comunicação assertiva - entender em que nível o público e o produto trabalhado se encontram - para disseminar não só produtos ou campanhas, mas informações que melhorem a vida dos clientes como um todo é um caminho para ampliar os ganhos desses produtos, sem categorizá-los, restringindo suas vendas", acredita Úrsula.

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Comentários(2)
Aldemir Rodrigues Viana
11 de abril de 2024 às 17:28

Faz delivery em Curicica Rio

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sandra pimentel
08 de abril de 2024 às 12:44

olá, faço parte de uma distribuidora que atende exclusivamente à distribuição de produtos saudaveis - sim saudaveis para nos ainda é uma categoria, visto que o consumidor entrante ainda não entende quais são suas opções - são muitas e aumentam a cada semana. Consideramos consumidores Entrantes todos aqueles que perceberam que não é só alimentos zero em açucar a sua melhor opção. PAra eles, segmentar em categorias é um norte para ele começar a entender o que melhor lhe atende. O consumidor restritivo já sabe quais são seus produtos - e estarem todos dispostos juntos, lhe dá o panorama e a escolha. além disso, temos que pensar em repositores - para eles, estar segmentado facilita seu entendimento na reposição. E , por fim, uma vez categorizados, o varejista pode entender quais itens do mix estão girando, quais ele deve substituir....Temos que olhar para o consumidor brasileiro - e não europeu, como a foto da materia apresenta....

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