Por Redação
13 de novembro de 2025Vendas do varejo mostram resiliência e crescem 0,4% em outubro
Setor de supermercados apresentou queda de 2,5%
As vendas do comércio brasileiro registraram crescimento de 0,4% em outubro, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Já frente ao mesmo período do ano anterior, houve queda de 1,5%. O estudo, que acompanha mensalmente a movimentação do varejo no país, é uma iniciativa da Stone, principal parceira do empreendedor brasileiro.
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“Apesar da leve alta nas vendas de outubro, o varejo segue operando em ritmo moderado. O consumo continua sustentado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido, com desemprego historicamente baixo e massa de rendimentos elevada. No entanto, fatores como o endividamento recorde das famílias, o alto comprometimento da renda com dívidas e uma inflação ainda resistente, seguem limitando uma recuperação mais firme. O resultado do mês reforça essa dinâmica: o setor mostra resiliência, mas ainda abaixo do patamar observado em 2024”, avalia Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone.
No recorte mensal, cinco dos oito segmentos analisados registraram alta. O destaque foi o setor de tecidos, vestuário e calçados, com crescimento de 1,2%, seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,1%).
Já no comparativo anual, apenas dois segmentos apresentaram alta: livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%) e artigos farmacêuticos (0,5%). Os demais apresentaram queda, com destaque para móveis e eletrodomésticos, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,5%), combustíveis e lubrificantes (2,2%), material de construção (1,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%) e tecidos, vestuário e calçados (0,3%).
Regionamente, o recorte de seis estados apontou crescimento nas vendas em outubro, na comparação anual. Os maiores avanços foram observados no Amapá (4,2%) e no Espírito Santo (2,7%), seguidos por Sergipe (0,3%), Ceará (0,2%), Goiás e Mato Grosso (0,1%). Entre os estados com retração nas vendas, os piores resultados foram registrados em Rondônia (8,6%), Rio Grande do Sul (4,7%) e Santa Catarina (3,6%).
“Os destaques positivos de outubro foram nas regiões Norte e Nordeste, com crescimento nos estados do Amapá, Ceará e Sergipe, além de uma melhora pontual no Centro-Oeste, impulsionada por Goiás e Mato Grosso. A região Sul voltou a apresentar retração generalizada, com Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná entre os estados com pior desempenho no mês. No Sudeste, apenas o Espírito Santo avançou, enquanto São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais seguiram em queda, reforçando que o consumo permanece desigual entre as regiões do país”, explica o economista da Stone.
