Economia
Economia 30 de novembro de 2022

Falta de produtos nas gôndolas em outubro é a menor do ano

De acordo com Robson Munhoz, diretor de customer success da Neogrid, agora é a hora certa para negociar com a indústria

O Índice de Ruptura Geral de outubro atingiu o menor patamar do ano até agora, caindo 0,4% ante setembro, de acordo com a Neogrid, empresa especializada em soluções para a gestão da cadeia de consumo.

O indicador da empresa, que mede a falta de produtos nas gôndolas dos principais supermercados do país, ficou em 10,70% no mês passado. Em setembro, chegou a 11,10%. Dentre os itens que mais faltaram nas redes de supermercados e atacarejos estão iogurtes (16,5%), azeite (13,2%) e, mais uma vez, o leite longa vida, cujo índice de indisponibilidade vem caindo, de 14,9% em setembro para 13% em outubro.

Em cenário de recrudescimento da inflação dos alimentos, como mostra o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro, que subiu 0,59% depois de três meses de deflação, o leite longa vida apresentou redução de 6,32%, de acordo com o indicador do IBGE. A queda aponta para relativa normalização de preços, propiciada por fatores de sazonalidade na produção e distribuição. 

O diretor de Customer Success da Neogrid, Robson Munhoz, afirma que o recorde de queda da ruptura no ano até agora evidencia o movimento de abastecimento entre indústria e varejo, motivado sobretudo pela oportunidade de várias datas festivas celebradas no mesmo mês, algo inédito no país. ?O setor varejista encontra-se em estado de efervescência porque num mesmo momento temos Black Friday, Copa do Mundo e em seguida o Natal; por isso o varejo está acelerado e a indústria também aproveita o momento, não perde negociação, faz ofertas e promoções?, explica o dirigente.

Além disso, na indústria, registram-se diminuições de preços de algumas matérias-primas e, por outro lado, empresas com metas para o fechamento do ano beneficiam-se de um contexto com índices de inflação menores. ?Para quem está negociando, agora é a hora. Quem não vendeu o ano todo porque estava caro, não tinha matéria-prima e havia inflação alta, chegou nessa reta final e está efervescendo?, observa Munhoz.

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