Leite A2: a nova aposta das gôndolas

O consumo de leite A2 vem crescendo de forma acelerada no mundo e começa a ganhar escala também no Brasil. Nos Estados Unidos, o segmento cresce 17% ao ano, e já representa 22% do leite tipo A comercializado, números que sinalizam o potencial da categoria também no varejo nacional. As marcas que apostam nesse produto compartilham um mesmo propósito: unir ciência, rastreabilidade e naturalidade para entregar um leite mais leve, saudável e seguro.

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É o caso da Xandô, uma das pioneiras no segmento de leite tipo A no Brasil, que aposta no estado de São Paulo como o mais preparado para liderar o crescimento do segmento, por ser o que mais valoriza produtos saudáveis, com origem rastreável e padrão premium, exatamente o perfil do leite A2. “Nossa expectativa é que o segmento A2 cresça de forma consistente, ganhando relevância nas principais capitais e regiões metropolitanas do estado, impulsionado pela busca por bem-estar e pela digestão mais leve”, afirma Luiz Guilherme Pasetti de Souza, gerente de Novos Negócios da Xandô. O objetivo da empresa é contribuir para consolidar o leite A2 como uma nova categoria premium dentro do mercado paulista de lácteos.

Outra empresa que aposta alto na categoria é a Piracanjuba. A fim de fortalecer seu posicionamento no segmento de saudabilidade e conveniência, a Piracanjuba investiu em um mix completo de produtos A2, em variadas versões, além de possuir a Certificação A2A2 – FairFood, conduzida pela iniciativa Beba Mais Leite, que assegura autenticidade em toda a cadeia, da fazenda ao envase, garantindo a rastreabilidade e o rigor técnico de cada lote. “O leite A2 está em franca expansão no Brasil, acompanhando a tendência global de produtos com benefícios à saúde e rastreabilidade comprovada, e nosso objetivo é ampliar o acesso e a presença da categoria em todo o território nacional, garantindo que o consumidor encontre o produto com facilidade nos pontos de venda”, Lisiane Campos, diretora de Marketing.

Expansão da categoria

O diferencial do leite A2 está na genética do rebanho: apenas as vacas que têm o gene chamado A2A2 produzem o leite A2, que é naturalmente diferente do leite comum porque não tem a proteína A1. Todo o processo é natural, sem aditivos nem alterações no leite. O resultado é um produto mais leve e fácil de digerir, parecido com o leite materno humano, e sem perder o mesmo valor nutricional, sendo rico em proteínas e cálcio.

No entanto, também traz um desafio para expandir a oferta: a matéria-prima. Como apenas vacas com o genótipo A2A2 produzem esse leite, é necessário um trabalho de seleção genética e certificação de fazendas, processo que exige tempo e investimento. Ou seja, como a expansão do rebanho A2A2 é um processo gradual, a disponibilidade de leite A2 no mercado ainda é limitada. “Essa estrutura técnica, embora mais complexa, gera diferenciação e confiança, transformando o leite A2 em um produto de alto valor percebido, uma vantagem para o varejo que deseja se destacar na categoria de lácteos”, pontua Lisiane.

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O leite A2 reflete uma tendência global de consumo consciente, em que o frescor e a origem são tão importantes quanto o sabor. “É um produto que carrega uma história de cuidado desde o campo até a gôndola, e para o varejo significa agregar valor percebido à categoria de lácteos, elevando margens e fortalecendo o posicionamento das marcas que apostam em inovação e qualidade”, complementa Souza, da Xandô.