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Mercado 11 de janeiro de 2022

Pet food saudável pode impulsionar vendas em supermercados

Oferecer produtos para animais de estimação nos pontos de vendas pode ser um bom negócio

Não foi só a alimentação saudável para humanos que ganhou mais relevância entre os consumidores durante a pandemia. ?Além dos cuidados necessários para evitar a infecção pelo vírus da Covid-19, os donos de pet também passaram a prestar mais atenção, interagir e cuidar melhor de seus animais?, compartilha com a SuperVarejo o presidente do Conselho Consultivo do Instituto Pet Brasil, Nelo Marraccini.

Não foi à toa que, mesmo com a retração econômica, os itens para a nutrição dos bichinhos se mantiveram na lista de compras do consumidor. E esse é um dado que não pode ser ignorado pelos supermercadistas. Afinal, dentro da categoria Pet como um todo, a previsão para o fim de 2021 era de que a segmentação de pet food representasse 53% do faturamento ? ou seja, cerca de 27 bilhões de reais ?, seguida pelas de venda de animais de estimação (11,3%), produtos veterinários (10,6%), serviços gerais (9,3%), serviços veterinários (12,9%) e pet care (5,6%).

Breve guia para supermercadistas

Mas, será que as comidas para animais de estimação vendidas nos supermercados são de fato saudáveis? ?Apesar de passar por um processo industrial, o alimento completo atende todas as necessidades nutricionais dos animais de estimação, e é produzido de forma sustentável, com ingredientes como farinhas de cereais, grãos, farinhas de proteína animal, entre outros. A diferenciação ocorre principalmente entre as categorias standard, premium e super premium?, explica Marraccini. Existem produções de alimentos orgânicos para pets, mas elas ainda representam menos de 1% do total da indústria.

Para decidir em quais SKUs investir, é necessário que o gestor de compras mantenha o radar ligado nas tendências e demandas de seu cliente. ?Também é possível pensar estratégias para atrair o consumidor e apresentar os produtos de forma a destacar alguns diferenciais, como montar gôndolas específicas para itens feitos com ingredientes naturais?, salienta o executivo do Instituto Pet Brasil.

Também vale frisar que, no mundo fora dos supermercados, as novidades para o segmento pet não param de surgir. É o caso das padarias pet e das bebidas especiais para cães (incluindo vinho e cerveja sem álcool). Por isso, vale fugir um pouco da zona de conforto e inovar. Quem sabe testando parcerias com fornecedores de porte menor também?

?As grandes indústrias colaboram com a possibilidade de escala e desenvolvimento com base em pesquisas robustas. Mas as companhias menores, por não lidarem com linhas de produção tão grandes, trazem mais inventividade e possibilidade maior de acertos e erros. O público que procura produtos pet gosta de novidades?, ensina Marraccini.

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