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Indústria
Indústria 16 de novembro de 2022

Mercado de café atrai novos players e ABIC entende como positivo para a categoria no Brasil

Diretor da associação destaca supermercados como essenciais e os desafios para novas marcas

Uma pesquisa feita pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) mostra que o supermercado é o local mais comum onde 89% da população brasileira compra café. Com a grande demanda por um item que faz parte do dia a dia dos brasileiros em diferentes ocasiões, o mercado voltado para o café se torna uma grande oportunidade para novos players.

Um deles, a Camil Alimentos, relançou no mercado brasileiro o Café União e consolidou sua entrada no segmento de café, além de ser reconhecida como uma marca forte principalmente em produtos que agregam a mesma ocasião de consumo. O objetivo da empresa é ser reconhecida como uma organização multicategoria. A compra da marca União foi feita em 2012 e agora a Camil Alimentos relança o produto em duas versões.

De acordo com Celírio Inácio, diretor executivo da ABIC, o mercado de cafés no Brasil sofreu mudanças em sua produção nos últimos cinco anos, com impacto no custo de produção e as indústrias aprenderam lições.

Segundo o executivo, cada vez mais empresas do setor entendem que, para ter uma melhor malha de distribuição no varejo, é preciso chegar em lugares restritos às marcas locais. ?Somos o segundo maior mercado consumidor de café e temos a maior produção mundial. É um mercado que chama a atenção de novos players, que desejam participar desse faturamento. Isso torna o setor mais competitivo e seletivo, exigindo mais competência para quem já está inserido no cenário?, afirma Celírio.

Apesar de parecer doce, o mercado de café brasileiro tem um lado amargo que os novos players devem evitar se quiserem prosperar. ?Os industriais de café precisam entender muito sobre a matéria-prima porque ela representa 70% dos custos. Além disso, o preço depende da cotação do dólar e isso pode afetar as compras futuras de abastecimento, assim como a produção?, aponta o executivo da ABIC.

Canal para indústrias

Segundo o diretor, os supermercadistas estão desenvolvendo um aguçado senso de resultado que envolve estoque, espaço de prateleira e valor financeiro e de imagem. ?Os supermercados são responsáveis por 93% do volume vendido de café no Brasil, sobretudo das categorias tradicional e extraforte. É o melhor canal para as indústrias apresentarem ao consumidor as novidades e novas opções, sem contar outras categorias envolvidas na ocasião de consumo?, destaca Celírio Inácio.

Até mesmo perante o seu próprio mercado o café cumpre seu papel como bebida democrática, isto é, quanto mais opções, melhor para o setor e para o consumidor. ?É natural que empresas com relacionamento já existente com o varejo e distribuição possam querer ter o café em seu portfólio. É um produto de alta rotatividade, com grande valor agregado e que pode trazer melhores resultados para a empresa?, completa o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café.

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