
Por Redação
24 de junho de 2025A nova era dos profissionais de supermercado
A automação no varejo alimentar está transformando funções operacionais, exigindo a requalificação dos colaboradores para atuarem em áreas estratégicas
A automação tem transformado significativamente o varejo alimentar, especialmente em supermercados, onde funções operacionais e repetitivas são as mais impactadas. Um exemplo claro é a substituição gradual dos operadores de caixa por terminais de autoatendimento, que oferecem agilidade ao cliente e reduzem custos operacionais. Outras atividades, como a reposição de estoque e o controle de validade dos produtos, também estão sendo modernizadas com o uso de sensores, softwares integrados e sistemas inteligentes, tornando os processos mais eficientes e menos dependentes da intervenção humana.
LEIA TAMBÉM
Um papel que é de todos
Ambiente saudável, equipe engajada
De acordo com Natália Andrello, CMO da Orgânico Natural, o fator humano continua sendo essencial, principalmente em nichos em que o cliente quer sentir confiança, fazer perguntas sobre os ingredientes e entender o uso correto dos produtos. “Consideramos que o equilíbrio entre automação e presença humana é o que garante a melhor experiência. A automação, quando bem aplicada, não significa cortar pessoas e sim reposicionar talentos para áreas que geram mais valor para o cliente e para a marca. Ao automatizar funções administrativas e logísticas, abrimos espaço para que as pessoas sejam realocadas em frentes mais estratégicas, como atendimento consultivo, marketing digital, logística integrada ao e-commerce e análise de dados”, conta
Diante dessas mudanças, a requalificação da mão de obra torna-se essencial para manter os colaboradores inseridos no novo contexto tecnológico. As redes varejistas têm percebido que, mais do que substituir, é necessário redirecionar as funções dos profissionais, exigindo deles novas competências. O foco agora se volta para atividades que exigem habilidades interpessoais, conhecimento técnico sobre os produtos e maior proatividade no atendimento. Funções como a organização estratégica de gôndolas e o suporte ao cliente passam a ter papel central, especialmente em categorias que exigem mais orientação, como alimentos orgânicos e naturais.
Nesse novo cenário, o diferencial do colaborador estará na sua capacidade de agregar valor à experiência do consumidor. Informar com precisão sobre ingredientes, benefícios dos produtos e suas funções é um exemplo do novo perfil profissional desejado. Para isso, empresas do setor devem investir em treinamentos contínuos e programas de capacitação que desenvolvam tanto habilidades técnicas quanto comportamentais. Assim, a automação deixa de ser uma ameaça e passa a ser uma oportunidade para crescimento e evolução profissional no varejo alimentar.