Setor supermercadista paulista cresceu 3% em faturamento, em 2024

Em 2024, o setor supermercadista paulista apresentou faturamento de R$ 328 bilhões. Fatores como a reabertura dos postos de trabalho com carteira assinada; o aumento da renda real da população e expansão no número de lojas foram alguns dos fatores responsáveis pelo desempenho positivo das empresas varejistas.

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No ano passado, foram inaugurados 4.023 pontos de venda no estado de São Paulo. Entre os modelos, as lojas de condomínio tiveram um crescimento significativo de 53,5% durante o período, ao mesmo tempo em que lojas pequenas e de proximidade tem apresentado a maior participação no crescimento total, de 11,1%.

Entre os municípios com maior número de aberturas de novas lojas estão São Paulo, Guarulhos e Campinas. Por outro lado, São Paulo, Campinas e Osasco também lideraram o ranking de fechamentos de estabelecimentos no período, com 1.355 unidades.

Tendência de empregabilidade no setor

As novas lojas, refletem diretamente na abertura de novas vagas de trabalho, e no último ano, o setor supermercadista registrou crescimento de 3% no volume total de empregos gerados. Ou seja, houve uma abertura de 22 mil novas vagas em 2024, de acordo com a APAS (Associação Paulista de Supermercados). Desse total, 52% dos postos foram preenchidos por mulheres e 48% por homens.

A participação do público 50+ na operação dos supermercados é uma das que mais tem se destacado, representando 11,7%. As vagas de PCD também apresentaram alta de 24% entre 2020 a 2024. A participação das pessoas com deficiência contratadas pelas redes, também cresceu em um volume maior.

Outro dado positivo é que o setor supermercadista tem se mostrado alinhado às transformações demográficas e sociais da sociedade brasileira — em especial, ao avanço da participação feminina no mercado de trabalho, com crescimento de 75% referente as 22 mil vagas.

Em se tratando das vagas gerais, atualmente, o setor supermercadista emprega cerca de 690 mil colaboradores no Estado de São Paulo, com 34 mil vagas ainda disponíveis. “Temos que tentar diminuir esse apagão de mão de obra que estamos tendo, prejudicando nossa operação e nosso crescimento. É um tema muito sensível que não é só do setor supermercadista. Temos tentado tratar isso da melhor maneira possível”, afirmou Erlon Ortega, diretor comercial da rede de Supermercados Serve Todos e presidente da APAS, durante a coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (23), em São Paulo, pela associação.

Cenário macro

O avanço do setor supermercadista pelo país ocorre em meio a uma conjuntura internacional desafiadora. Impactos climáticos, instabilidades geopolíticas, e a desaceleração de economias globais como China e Estados Unidos seguem como pontos de atenção para o varejo brasileiro no segundo semestre.

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Já o cenário atual apresenta ciclos de quedas e altas da inflação, principalmente em função dos eventos climáticos, que afetam safras como a do café, por exemplo, além das guerras e das movimentações do Governo do Donald Trump, nos Estados Unidos. “O ciclo de alta dos preços começa a causar efeitos a partir de agora. A desaceleração deve vir mais forte no segundo semestre, mas a expectativa ainda é de crescimento do PIB de 2,2% para 2025”, destaca Felipe Queiroz, chefe-economista da APAS.