Newsletter
Receba novidades, direto no seu email.
Assinar
Economia
...
Por Redação
30 de maio de 2025

Desemprego cai para 6,6% no trimestre até abril, aponta IBGE

Taxa é a menor registrada desde abril de 2012

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025, o menor índice já registrado para o período desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número representa estabilidade em relação ao trimestre anterior (6,5%) e uma queda significativa frente ao mesmo período de 2024, quando o índice era de 7,5%.

LEIA TAMBÉM

Segundo o levantamento, mais de 103,3 milhões de brasileiros estão ocupados, o que representa um crescimento de 2,4% na comparação anual — ou 2,5 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho. A formalização também avançou: o total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,6 milhões, o maior já registrado, com aumento de 0,8% frente ao trimestre anterior e de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Esses dados confirmam a tendência positiva já apontada pelo Novo CAGED, que indicou a criação de 257 mil vagas formais em abril, o melhor resultado para o mês desde 2020. No acumulado de 2025, o saldo de empregos com carteira assinada chega a 922 mil.

Outro dado relevante foi a queda na taxa de informalidade, que passou de 38% no trimestre anterior para 37%, correspondendo a 39,2 milhões de pessoas. Em 2024, a taxa era ainda maior: 38%. A melhora no índice está associada à maior absorção de mão de obra qualificada em vagas formais, segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill.

A subutilização da força de trabalho também recuou: ficou em 15%, dois pontos percentuais abaixo do resultado do mesmo período de 2024. Isso significa que aproximadamente 7,3 milhões de pessoas estavam desocupadas entre fevereiro e abril, contra 8,2 milhões um ano antes.

Setores como indústria, comércio, transporte, serviços profissionais e administrativos, e administração pública e saúde apresentaram crescimento no número de trabalhadores. Em contrapartida, houve redução no setor de agricultura e pesca, que perdeu cerca de 348 mil postos.

Por fim, o rendimento real habitual atingiu R$ 3.426, uma alta de 3,2% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual também bateu recorde, alcançando R$ 349,4 bilhões, um crescimento de 5,9% frente ao mesmo período de 2024.

Segundo o IBGE, a combinação de estabilidade no nível de ocupação, crescimento da formalização e aumento dos rendimentos contribuiu diretamente para o resultado histórico.

Fontes: GOV.br e IBGE

Deixe seu comentário