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Mercado 26 de outubro de 2023

Indústria e varejo supermercadista tentam se adaptar ao shopper da geração Z

Especialista destaca comportamento dos nativos digitais com foco em autenticidade e presença nas redes sociais 

O perfil do consumidor que vai ao supermercado é diversificado e, por isso, a operação das lojas deve considerar todas as características possíveis ao lidar com clientes no dia a dia. Atender pessoas com expectativas, demandas, costumes, gostos e culturas diferentes é um dos maiores desafios para as redes supermercadistas. Nesse cenário está a geração Z, nascidos entre 1995 e 2010, que, apesar de crescerem conectados, a maioria prefere fazer compras em lojas físicas, segundo pesquisa do IBM Institute For Business Value.

Para o CEO da rede Novo Atacarejo, Daniel Costa, as novas gerações chegam às lojas mais conectadas, conscientes e buscando novas experiências de compra. ?Esse perfil de cliente também está no nosso radar. Tanto que buscamos variar nosso portfólio com produtos que atendem suas necessidades como, por exemplo, itens de linhas saudáveis, embalagens mais sustentáveis e com QR Code com mais informações do fornecedor, ingredientes e modo de produção?, afirma. 

Comportamento e adaptação por pesquisa

Segundo o CEO, a preocupação com a geração Z também inclui a sinalização nas gôndolas, layout e iluminação do ambiente. ?Sabemos que o modo de fazer as compras também está mudando e, por isso, já contamos com aplicativo para que os nativos digitais possam visualizar novidades e promoções antes de saírem às compras?, explica. 

Para Neiva Marostica, professora-doutora da FGV, o comportamento da geração Z difere da geração X e da Y. ?Para criar um relacionamento e vender mais para esse público é interessante oferecer produtos com mais autenticidade, além de manter uma forte presença nas redes sociais porque eles são muito conectados?, explica.

De acordo com Breno Carvalho, gerente executivo de marketing da Santa Helena Indústria de Alimentos, as marcas se adaptam ao consumidor da geração Z com pesquisas periódicas. ?São nativos digitais, conectados, gostam de praticidade e se preocupam com a saúde e o bem-estar. É importante acompanhar as inovações do mercado para saber o que o público consumidor quer e, no caso de Paçoquita, rejuvenescemos a marca para estreitar a comunicação com a geração Z?, completa o executivo.

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