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Marketing 29 de abril de 2022

5 lições que os varejistas podem aprender com a reformulação da Lush

Gigante de cosméticos investirá fortemente na modernização física em toda a sua rede de lojas europeias este ano, em um claro aceno para o potencial que vê para a rua principal

Em fevereiro, a marca de cosméticos Lush revelou uma mudança em suas lojas no Reino Unido. As unidades com o dobro do tamanho habitual, foram projetadas para oferecer jornadas de consumo mais fáceis de navegar. A mudança faz parte de um plano de atualização, onde a Lush planeja investir mais de US$ 5,9 milhões em reformas em países como Reino Unido, Irlanda, França e Alemanha nos próximos 12 meses.

O novo formato busca estar alinhado às grandes tendências do varejo e pode ser aproveitado por qualquer rede, independente da categoria. No caso dos supermercados, a seção de beleza é uma das que pode ser impactada por essa frente inovadora.

Veja 5 lições que o varejo tem a aprender com a Lush:

1. Lojas de rua

Ao invés de serem localizadas em shoppings e outros centros comerciais, que fazem a entrada do comércio ficar longe da calçada, a ideia é trazer o consumidor mais para perto da loja. A razão tem dois pontos: um de que o consumidor veja uma vitrine e se motive a entrar e comprar. A outra de que a pandemia fez com que a busca por lojas mais próximas fosse maior. Quanto menos tempo passar em um lugar fechado, melhor. Além disso, o conceito de loja de bairro tende a aproximar as pessoas ainda mais do comércio local.

2. Espaços compartilhados

A Lush está oferecendo espaços dedicados para ?festa? em suas lojas, de forma que o consumidor escolha como quer utilizá-lo. Se em uma comemoração fazendo um dia de SPA ou eventos corporativos.

3. Materiais sustentáveis

Em todo o projeto de atualização da loja, a sustentabilidade foi fundamental para a tomada de decisões e o planejamento do design, com muito material utilizado por meio de reaproveitamento e fornecimento ético. Ao montar as lojas, foram utilizados os mesmos valores que a rede usa para adquirir ingredientes dos produtos: zero impacto ambiental e itens recicláveis. Algumas das lojas, por exemplo, apresentam bancadas feitas com resíduos de potes de iogurte e embalagens plásticas, oferecendo um passo em direção aos objetivos de consumo circular.

4. Seções personalizáveis

A seção ?cuidados com a pele e cabelos frescos?, por exemplo, oferece espaço para os consumidores se sentarem para consultas pessoais e demonstrações de produtos e a seção ?presentes? oferece uma variedade de presentes pré-embalados, mas também espaço para os consumidores selecionarem seus próprios produtos e escolha opções alternativas de embalagem.

5. Experiência em primeiro lugar

As lojas estão preparadas para receber o consumidor vindo do digital, isso porque a rede investiu em seu próprio aplicativo e site. Ter um atendimento capaz de solucionar e entender rapidamente quem é aquele consumidor e o que ele gosta é a premissa da Lush. No mercado de beleza, o conceito ?Experience First? é uma das grandes tendências, uma vez que a parte teórica de um item já vem ?de casa?. O que o consumidor busca na loja, realmente, é a experiência com o produto.

Cada vez mais a seção de beleza deverá permitir essa experimentação, seja ela em uma loja de maquiagem específica, seja dentro de um supermercado. Para Paul Wheatley, diretor global de propriedades da Lush ?ser experimental não é suficiente, tem que ser inspirador? e isso envolve todo um trabalho de marca.

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