Especial
Especial 1 de dezembro de 2023

Redes de atacarejo miram expansão e estratégias para enfrentar desafios em 2024

CEO do Novo Atacarejo revela segredos do sucesso na expansão da rede e economista aponta para inovações cruciais, inflação e concorrência acirrada

O modelo de loja supermercadista vem experimentando novos formatos para atender o perfil de compra dos consumidores que muda constantemente. Ao contrário dos hipermercados, que perderam espaço no varejo nacional, os atacarejos seguem em processo de expansão. Diante do cenário econômico no Brasil e das mudanças de comportamento do consumidor, as redes de atacarejo se preparam para 2024.


De acordo com Bruno Corano, economista, apresentador e CEO da Corano Capital, as redes de atacarejo devem planejar estratégias de expansão considerando a crescente concorrência, a inflação e o constante aprimoramento do atendimento ao cliente. “Cada vez mais a competição nesse setor está se intensificando, principalmente com a entrada de novos players e o crescimento das redes já estabelecidas. Na prática, torna-se fundamental identificar áreas para se destacar, apresentando um diferencial competitivo, seja por meio da localização, preços atrativos, ampla variedade de produtos e serviços, e uma experiência de compra positiva”, afirma.


A rede Novo Atacarejo reflete um pouco do cenário favorável para este modelo de loja já que, entre 2019 e 2023, a empresa expandiu para 20 cidades e registra atualmente 24 pontos de venda na região nordeste, nos estados de Pernambuco e Paraíba. Para o CEO do Novo Atacarejo, Daniel Costa, todo o setor tem desafios e pode haver um aspecto mais expressivo em uma região do que em outra. “O setor é dinâmico e também sofre impactos de decisões políticas e econômicas que refletem no negócio. Até uma alta no combustível pressiona preços de itens e nos esforçamos muito para levar preços mais baixos e qualidade nos produtos aos nossos clientes”, explica.


Alcance, desafios e tecnologia

Segundo o CEO do Novo Atacarejo, alguns aspectos são indispensáveis para ampliar o alcance da rede na região Nordeste, o primeiro deles é conhecer o mercado, a região, os hábitos e entender como as pessoas vão às compras, o que desejam e de que forma querem. “É conhecer mesmo suas necessidades para oferecermos o que nossos clientes buscam e, assim, atender e superar suas expectativas. Esse olhar serve para nortear, para planejarmos e desenvolvermos um plano de negócios para a região. Também é importante verificar os acessos públicos, a concorrência, se há fornecedores regionais para parcerias, selecionar um bom time engajado para as equipes e trabalhar muito”, ensina Daniel Costa.


Para o economista Bruno Corano, a inflação representa um desafio significativo para o mercado em geral, afetando também as redes de atacarejo que lidam com altas taxas de juros. Porém, Corano entende que esse modelo de negócio tende a se fortalecer diante da diminuição do poder de compra das pessoas. “Isso pode se transformar em uma oportunidade para os atacarejos em comparação com o varejo tradicional, devido às vantagens significativas oferecidas em termos de preço e ofertas. Outro ponto relevante, que deve ser considerado, é o atendimento ao cliente, onde os consumidores buscam uma experiência de compra mais conveniente e personalizada”, diz.


Corano destaca ainda a importância crucial em investir em tecnologia e inovação para atender as exigências deste novo consumidor e aumentar as chances de sucesso em 2024. “Para garantir uma expansão sustentável e bem-sucedida em 2024, é essencial que considerem as seguintes inovações e investimentos: fortalecimento do comércio eletrônico; experiência do cliente; aproveitamento dos espaços com ainda mais atratividade ao consumidor; e produtos e serviços com propósito”, completa.

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