Economia
Economia 15 de dezembro de 2023

Setor de FFLV fecha 2023 estável

Líderes do segmento traçam um balanço positivo e projetam crescimento para o próximo ano

A IFPA (International Fresh Produce Association), entidade mundial que representa setor de frutas, flores, legumes e verduras (FFLV), termina 2023 com o setor otimista pelos números no mercado interno, o aumento das exportações da fruticultura e o enfrentamento dos impactos climáticos.

Antonio Carlos Rodrigues, diretor região sudeste do IBRAFLOR e presidente do CEAFLOR, disse que o setor fecha o ano com 8% de crescimento. O presidente da CNEVeg e conselheiro da Ibrahort, Paulo Schincariol, informa que o segmento de hortaliças ainda não recuperou os índices pré-pandemia e que os problemas climáticos impactaram significativamente o preço ao consumidor de alguns produtos, como brócolis e alface, mas há muitas oportunidades para nichos como saladas prontas e desenvolvimento de áreas de produção em microclimas no Nordeste e no Cerrado.

O CEPEA, que analisa 1200 produtores de 13 cadeias de hortaliças, apresentou um desenho das tendências bem positivo. Margarete Boteon, da Esalq/USP e diretora do Cepea, acredita que os impactos do El Niño e das mudanças climáticas serão um desafio para o verão das hortaliças, mas a previsão para o primeiro semestre de 2024 é manter exportação e a estabilidade de área de cultivo in natura.

O varejo também aposta no aumento do consumo de FLV, como explicou Marcio Milan, VP da Associação Brasileira de Supermercados. “Os supermercados investiram em áreas de produtos frescos mais atraentes. Se só 22% dos brasileiros consomem os 400g diários de FLV indicados pela FAO, existe uma imensa oportunidade de crescimento. Precisamos aproveitar essa oportunidade para criar campanhas de alimentação saudável e benefícios do FLV”.

“Somos empresas à céu aberto, sofremos impactos ambientais, geramos milhões de empregos e temos o privilégio de produzir comida de verdade, que está no prato do cidadão diariamente de forma segura e de qualidade. 2024 será um ano de muito trabalho para aumentar o consumo de FFLV”, diz Valeska de Oliveira Ciré, gestora da IFPA no Brasil.

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