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Economia
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Por Redação
22 de agosto de 2025

Custo da cesta básica diminuiu em capitais brasileiras durante julho

As principais quedas foram em Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro e Campo Grande

Em julho, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 15 capitais e aumentou em outras 12, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente. Entre junho e julho de 2025, as quedas mais importantes ocorreram em Florianópolis (-2,6%), Curitiba (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Campo Grande (-2,1%). Já as maiores altas ocorreram em capitais do Nordeste, como: Recife (2,8%), Maceió (2%), Aracaju (2%), João Pessoa (1,8%), Salvador (1,8%), Natal (1,4%) e São Luís (1,4%).

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A comparação dos valores da cesta, entre julho de 2024 e julho de 2025, mostrou que, para as 17 capitais onde é possível a comparação, ou seja, onde a Pesquisa já era realizada nesse período, houve alta de preço, com variações entre 2%, em Belém, e 19,5%, em Recife.

No acumulado do ano, ou seja, entre dezembro de 2024 e julho de 2025, entre as 17 capitais, também foi registrado aumento nos valores da cesta, com taxas que oscilaram entre 0,37%, em Goiânia, e 11,4%, em Recife.

Alimentos

Entre junho e julho de 2025, o preço do quilo da batata, coletado na região Centro-Sul, diminuiu em todas as 11 cidades. As quedas variaram entre -35,5%, no Rio de Janeiro, e - 16,3%, em São Paulo. A oferta elevada de batatas, devido à colheita da safra de inverno em várias praças, reduziu o preço no varejo.

O preço do quilo do arroz caiu em quase todas as cidades, exceto em Recife (0,65%). Destacam-se as variações registradas em Porto Velho, -7,1%; Palmas, -5,2% e Florianópolis, -5%. O volume de arroz importado superou o exportado. Entretanto, os preços oscilaram: em algumas regiões com maior oferta, houve reduções; em outras, com disponibilidade limitada, as cotações se elevaram.

O preço do feijão foi menor em 24 capitais, entre junho de 2025 e julho de 2025. O grão preto, pesquisado nos municípios do Sul, Rio de Janeiro e Vitória, apresentou queda nessas cinco cidades, as mais expressivas verificadas em Vitória (-6,9%) e Florianópolis (-5,2%). Para o grão carioca, coletado nas demais capitais, foram observadas altas apenas em três localidades: Porto Velho (0,68%), Maceió (0,48%) e São Luís (0,33%). Já as diminuições variaram entre -4,3%, em Fortaleza, e -0,28%, em Aracaju. O excesso de oferta de grãos, devido aos resultados da colheita de 2024/2025, reduziu os preços no varejo.

O valor do quilo do café em pó caiu em 21 das 27 cidades pesquisadas, entre junho e julho de 2025. As quedas mais significativas foram registradas em Belo Horizonte (-8,1%) e Teresina (-3,9%). Só seis cidades apresentaram aumento no valor médio, com destaque para Macapá (7%), Cuiabá (1,3%) e Boa Vista (1,1%). Apesar dos enxutos estoques nacionais e mundiais, o avanço da colheita e o consequente aumento da disponibilidade de café no Brasil têm pressionado as cotações para baixo. E os preços domésticos acompanharam as oscilações da commodity nas Bolsas de Nova York e Londres, diante da tarifação de 50% nas importações norte-americanas, o que gerou especulações quanto ao possível escoamento da safra brasileira

O preço da carne bovina houve aumento em 11 capitais, com destaque para Boa Vista (2%) e Salvador (1,8%). Foram registradas quedas em outros 16 municípios, a mais importante em Belém (- 2,9%). Ao longo de 2025, a demanda externa por carne bovina tem sido intensa. O abate de animais foi mais lento e a os preços da carne caíram no Brasil, após o anúncio de 50% de tarifa para as exportações brasileiras para os Estados Unidos. No varejo, o produto apresentou redução no valor médio na maior parte das cidades.

Houve queda no preço do quilo do açúcar, as principais reduções foram as de Florianópolis (-8,2%) e Belo Horizonte (-4,1%). Observou-se aumento em quatro localidades: São Luís (2,9%), Curitiba (1,5%), Fortaleza (1,1%) e Boa Vista (0,96%). Em Natal, o preço não variou. A maior oferta mundial e a menor demanda tiveram impacto sobre o mercado do açúcar cristal, o que reduziu os preços no varejo.

São Paulo

Em julho de 2025, o preço da cesta básica de São Paulo apresentou queda de 1,9% em relação a junho do mesmo ano. Na comparação com julho de 2024, a cesta acumula elevação de 6,9%. Na variação acumulada ao longo do ano, há alta de 2,9%.

Entre junho e julho deste ano, 11 dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram diminuição nos valores médios: batata (-16,3%), farinha de trigo (-10,1%), arroz agulhinha (-4,9%), açúcar refinado (-3%), café em pó (-2,9%), manteiga (-2,2%), tomate (-1,7%), carne bovina de primeira (-0,81%), banana (-0,74%), óleo de soja (-0,52%) e feijão carioquinha (-0,41%). Os outros dois produtos, leite integral e pão francês, apresentaram elevação de preço: 0,72% e 0,21%, respectivamente.

No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em sete dos 13 produtos: café em pó (69,8%), carne bovina de primeira (25,7%), óleo de soja (17,1%), tomate (9,3%), açúcar refinado (4,5%), pão francês (3,9%) e manteiga (1,9%). Apresentaram diminuição de preços: batata (-43,2%), arroz agulhinha (-14,7%), farinha de trigo (-10,2%), banana (-3,8%), feijão carioquinha (-1,8%) e leite integral (-0,86%).

Já no acumulado do ano, ou seja, entre dezembro de 2024 e julho de 2025, houve alta para seis produtos: tomate (47,1%), café em pó (40,4%), açúcar refinado (5,2%), feijão preto (5,1%), pão francês (0,74%) e carne bovina de primeira (0,60%). Os outros sete apresentaram queda de preço: batata (-17,3%), arroz agulhinha (-11,6%), farinha de trigo (-11,4%), óleo de soja (-10,7%), banana (-8,2%), a manteiga (-2,6%) e leite integral (-1,7%).

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