Economia
Economia 30 de dezembro de 2022

Confiança do Comércio ficou estável em dezembro

O aspecto encerra 2022 em baixa, de acordo com economista do FGV IBRE

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE ficou estável em dezembro, ao se manter no nível de 87,2 pontos, menor patamar desde abril (85,9 pontos). A base de dados do FGV Confiança é formada por levantamentos estatísticos sobre informações utilizadas no monitoramento da situação atual e na antecipação de eventos futuros da economia. Na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 4,9 pontos, segunda queda seguida após oito meses consecutivos de resultados positivos.

?A confiança do comércio encerra 2022 em baixa. Depois de registrar forte queda em novembro, o ICOM estabilizou em dezembro em nível relativamente baixo, próximo ao que se observava em fevereiro desse ano. A estabilidade no mês ocorreu pela piora na percepção de vendas com o momento presente, e uma leve alta nas expectativas, mas que precisa ser relativizada pelo nível baixo que ainda se encontra. O cenário macroeconômico negativo parece refletir na confiança do comércio. Enquanto persistir o período de inflação alta, juros em patamar elevado, consumidores com a renda média baixa e endividamento alto, é difícil imaginar uma volta à trajetória ascendente da confiança dos empresários do setor?, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
 
Apesar da estabilidade no mês, houve alta em quatro dos seis principais segmentos do setor. No horizonte temporal, ocorreram resultados distintos. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,0 ponto para 88,7 pontos, menor desde março (87,6 pontos). Os dois indicadores que compõe o ISA-COM também tiveram queda no mês, o volume de demanda atual caiu 1,2 ponto e a situação atual dos negócios 0,7 ponto.

Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,9 ponto, para 86,1 pontos, influenciado pela melhora do indicador que projeta a tendência dos negócios seis meses a frente, que subiu 2,8 pontos para 89,8 pontos. No entanto, no horizonte de mais curto prazo, as vendas previstas não se mostram otimistas. O indicador recuou 0,9 ponto para 82,8 pontos, o menor patamar desde março de 2021 (68,8 pontos).

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