
Por Redação
7 de maio de 2025Prato feito fica mais barato com queda nos preços dos principais ingredientes em março
Carne e arroz apresentaram queda de 1,16%; 2,40% respectivamente, já o feijão apresentou alta de 0,64%
Um levantamento da Associação Paulista de Supermercados (APAS), em parceria com a Fipe, aponta um alívio no bolso do consumidor. Em março, o tradicional prato feito — composto por carne bovina, arroz e feijão — ficou mais acessível para os paulistas. Segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), elaborado pelas duas instituições, os principais ingredientes da refeição registraram queda nos preços durante o mês.
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A carne bovina, item de maior peso na composição do prato, registrou recuo de 1,16% em março. No acumulado do ano, a queda chega a 0,49%. Entre os cortes que mais baratearam, destacam-se a picanha (-6,1%), fraldinha (-4,9%), contrafilé (-2,8%) e patinho (-2,2%).
“O aumento da oferta de fêmeas para abate, combinado à diminuição da demanda por carne devido ao término do período de festas e à substituição por outros produtos com preços mais acessíveis, pode explicar a redução nos preços em março. Além disso, o arrefecimento da taxa de câmbio durante o primeiro trimestre do ano e a queda nos preços da ração também contribuíram com a redução nos preços da carne no mês”, explica Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS.
Outro alívio veio dos cereais. O preço do arroz recuou 2,40% em março, enquanto o feijão teve leve alta de 0,63% no período, mas acumula expressiva deflação de 24,76% nos últimos 12 meses. No mesmo período, a categoria de cereais apresentou queda de 12,75%.
“Em março, toda a subcategoria de cereais recuou 1,29%, mantendo a tendência de deflação observada desde o segundo trimestre de 2024. Esse processo deflacionário está relacionado principalmente à diminuição no preço do feijão, que está em queda desde o mês de abril do ano passado”, afirma Queiroz.
A redução no custo dos alimentos que compõem o prato feito traz alívio ao consumidor e é um sinal positivo para o controle da inflação de itens essenciais.