Economia
Economia 28 de fevereiro de 2022

Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresenta queda em vendas no período de Janeiro/Fevereiro, em comparação a 2021

Entre os produtos que se destacaram junto aos consumidores está o sabonete líquido, categoria impulsionada em razão da pandemia

Aspectos econômicos, como o IPCA -  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que ficou acima dos 10% em 2021; a batalha contra o aumento de custos, fechando o período com inflação média de 3,1% e 7 pontos percentuais, abaixo do índice geral; a alta carga tributária, que demandou esforços das empresas em absorver os aumentos de custos para evitar uma retração ainda maior da demanda de seus produtos foram alguns fatores que impactaram o crescimento do setor de setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, no ano passado.

O segmento registrou queda de 2,8% em vendas ex-factory, entre os meses de Janeiro a Dezembro de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, quando apresentou desempenho positivo de 5,8%. ?Os impactos dos aumentos de custos não foram diferentes do que aconteceu com outras atividades econômicas do país, porém, o comprometimento da renda dos brasileiros e a cautela ao decidir como gastar sinalizam para o empresário um limite de recuperação das margens. O setor é extremamente competitivo e trabalha focado em manter market share pois perder o consumidor é fácil, mas recuperá-lo é extremamente custoso?, comenta João Carlos Basilio, presidente executivo da ABIHPEC - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. 

O segmento de Higiene Pessoal foi o principal destaque, e devido aos bons resultados, impediu que o cenário fosse ainda mais negativo. O segmento apresentou crescimento de 4,7% em vendas ex-factory, em comparação ao ano anterior, indicando uma intensificação dos hábitos de cuidados pessoais, que foram reforçados para combater a Covid-19. Já os segmentos de Cosméticos (-15,4%), Perfumaria (-2%) e Tissue (-9,4%) registraram quedas expressivas em relação ao mesmo período de 2020. 

O avanço da vacinação e a flexibilização das restrições de isolamento social também refletiram nas mudanças de hábitos de consumo dos brasileiros e impactaram no desempenho em 2021. Dentre os produtos com melhor performance está o Sabonete, com crescimento de 9,7%, em relação a 2020. O Sabonete em Barra segue sendo o maior mercado, com 80% de fatia de vendas, enquanto o Sabonete Líquido, um dos símbolos do combate a Covid-19, ganhou mais popularidade.

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