Economia
Economia 19 de janeiro de 2024

Produtos de limpeza registraram inflação de 4,62% em 2023

Desde o início da pandemia, apenas em 2022 os preços dos produtos de limpeza subiram mais que a inflação

Em 2023, os preços dos produtos de limpeza, no Brasil, sofreram reajustes abaixo da inflação, pela quinta vez nos últimos 10 anos. Segundo levantamento realizado pela ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, com base nos dados do IPCA – Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo, o reajuste nos valores dos produtos de limpeza foi de 1,22% no ano passado, enquanto a inflação geral ficou em 4,62%.

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“Desde o início da pandemia, apenas em 2022 os preços dos produtos de limpeza ficaram acima da inflação, e isso porque, naquela época, a desorganização das cadeias produtivas internacionais e o óleo diesel e a energia elétrica com preços muito elevados induziram o produtor industrial do segmento a promover o reajuste de valores, necessário para que as empresas pudessem continuar operando. Com a normalização de estoques e insumos, voltamos a um cenário mais condizente com o histórico da indústria de saneantes, que costuma apresentar inflação similar ou até menor que a do índice geral”, analisa Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.

Também há diferença se comparado ao INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que apontou que a inflação nacional de 2023 ficou em 3,71%, em comparação ao reajuste de preços no segmento de produtos de limpeza, que ficou em apenas 0,88%, com diversos produtos apresentando deflação no período, como detergente (-0,70%), sabão em barra (-5,68%) e esponja de limpeza (-4,57%).

“É interessante que, além da deflação em alguns itens, diversos produtos essenciais para a saúde pública brasileira tiveram reajustes menores que os da inflação, segundo o INPC, entre eles produtos para desinfeção de ambientes e superfícies, como a água sanitária (+0,23%), e itens muito usados no dia a dia das famílias brasileiras, caso do sabão em pó (+1,06%) e amaciante a alvejante (+1,62%)”, afirma o diretor-executivo da ABIPLA.

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