Economia
Economia 25 de novembro de 2021

Um ano de Pix: o que vimos até agora?

Ralf Germer da PagBrasil faz uma retrospectiva do método de pagamento e destaca seus pontos mais importantes

Em apenas um ano após o lançamento, o Pix se tornou a modalidade de pagamento que transformou o mercado financeiro. Tanto sucesso se deve à forte aderência do brasileiro: o sistema de pagamentos instantâneos conta com mais de 100 milhões de usuários, que são pessoas físicas, e cerca de 7 milhões usuários, que são pessoas jurídicas, segundo dados de outubro do Banco Central.

A transformação não acontece apenas por ter caído nas graças do público. A facilidade, rapidez e baixo custo de operação permitiu que o relacionamento entre prestadores de serviços e clientes se estreitasse ainda mais. A modalidade trouxe inovação e comodidade para os brasileiros, como a formalização de mais pessoas no sistema financeiro, maior familiaridade com pagamentos digitais, além de benefícios para o e-commerce. Neste último, pode-se ampliar as modalidades de pagamento, principalmente para quem não possuía cartão de crédito, evitando a retenção de estoque.

Em apenas um ano de operação, o Pix deixou de ser preferencialmente utilizado apenas por pessoas físicas. A aderência chamou o e-commerce para a modalidade logo no primeiro semestre - em abril de 2021, já havia 330 milhões de chaves ativas. A ferramenta incentiva a compra por impulso dos clientes, principalmente por conta da facilidade e rapidez do pagamento. De acordo com um levantamento realizado em setembro deste ano pela consultoria Gmattos, 50% das lojas brasileiras oferecem o Pix como modalidade de pagamento; em janeiro, esse percentual era de 16,9%.

O sucesso no comércio foi tanto, que no final de agosto o Pix consolidou-se como o segundo maior meio de pagamento em compras à vista no Brasil. O método ficou atrás apenas do dinheiro, competindo diretamente com o cartão de débito, conforme pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Novas ferramentas de segurança têm surgido, o que indica que importantes players do mercado financeiro se preocupam com a longevidade do Pix. Essas ferramentas evitam fraudes e golpes - como as chaves falsas, que eram criadas no início das operações, por exemplo. Em 12 meses, o mercado ganhou e o consumidor encontrou uma maneira fácil de gerir suas finanças, tendo à disposição um método de pagamento inovador. É nítido que o Pix provou seu potencial e ainda pode trazer outros benefícios para o brasileiro. Teremos muito a observar e usufruir pela frente.

Ralf Germer é CEO e cofundador da PagBrasil, fintech brasileira líder no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo.

Créditos da imagem: iStock

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