Economia
Economia 16 de fevereiro de 2022

Média do índice de ruptura de 2021 é mais baixa que a de 2020

Indicador que mede a falta de itens nas gôndolas dos supermercados, fecha média anual com 11,28%, próximo dos 11,87% de 2020

Em média anual, 2021 teve menos indisponibilidade de produtos nos varejos brasileiros que em 2020. A Neogrid, empresa especializada em soluções para a gestão da cadeia de suprimentos, divulgou que a média anual de ruptura de 2021 foi de 11,28%, contra a média anual de 11,87% de 2020. Essa queda aconteceu junto a inflação de 10,6%, maior taxa acumulada no ano desde 2015, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

?O esfriamento da economia impactou todo o mercado, inclusive datas comemorativas com altas expectativas de vendas, por exemplo, Black Friday e Natal. O varejo percebeu a desaceleração da economia no segundo semestre do ano e foi mais cauteloso com o abastecimento de estoques. O setor identificou os sinais de aumento de inflação, alta nos preços dos alimentos, efeito dólar e baixo poder aquisitivo. Esses pontos são preponderantes e têm reflexos diretos no índice de ruptura?, analisa Robson Munhoz, CCSO (Chief Customer Success Officer) da Neogrid.

Com base nos dados da plataforma, as categorias mais vendidas de 2021 foram cerveja, leite longa vida e biscoito, os três com quedas no índice de ruptura. A venda de cerveja, a mais alta entre as categorias, ficou em 9,5% diante de 11,9% em 2020. Já o leite longa vida contabilizou 4,1% em 2021, com uma queda de 0,5% comparado a 2020. Por fim, o biscoito teve 3,5% em 2021 e 4,1% em 2020.

?Apesar das três categorias liderarem entre os produtos mais vendidos, analisamos uma retração nas vendas em relação a 2020 de 28,6%, 20,5% e 23,1% respectivamente. Devido à alta geral nos preços dos produtos, o consumo dos brasileiros representou uma queda de 10,3% em 2021?, afirma Munhoz.

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