90% das empresas brasileiras são familiares e respondem por mais de 60% do PIB nacional

Atualmente, 30% das empresas familiares passam para a segunda geração, e só 12% chegam à terceira geração. Sendo que no Brasil, 90% das empresas são familiares e respondem por mais de 60% do PIB nacional, segundo dados do Sebrae. Números grandiosos, porém 54% delas não possuem plano de sucessão familiar. Não à toa, 70% das empresas familiares fracassam por conflitos internos.

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“Não adianta ser herdeiro, tem que ser competente. Uma sucessão familiar mal feita pode levar ao declínio da empresa”, diz Claudia Conalgo, estrategista de comunicação para líderes C-Level, que trouxe ao fórum o case de sucesso da centenária Lupo, fabricante de meias. A bisneta do fundador e membro do Conselho, Daniela Lupo, fez uma participação por vídeo, no qual lembrou da trajetória da companhia que tem 85% de familiares em sua composição, exceto na gestão.

Como orientação para sucessão, Claudia ressalta a importância de fazer as regras antes que elas sejam necessárias. Entre as principais rupturas na família empresárias estão: morte, novos membros, desigualdade de afeto e distúrbios comportamentais. “A pior situação é quando se finge que não há um problema”.

Sucessão e continuidade, o equilíbrio entre estas palavras é que vai garantir o sucesso da empresa. Durante o processo de sucessão, pode haver dificuldades como agregar choques culturais, finitude, identidade e comunicação intergeracional. Elton Ortega, presidente da APAS, e diretor comercial do supermercado Serve Todos, lembrou da fundação de sua rede, há 30 anos, e expôs os desafios do dia a dia do negócio familiar, além da preocupação com a sucessão. “A ajuda de um profissional é fundamental para fazer a avaliação da aptidão dos sócios“, diz.

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